Um dia de “Grito de Alerta”

Professores e profissionais da Educação de Resende fazem paralisação de 24 horas durante todo o dia 22. A mobilização tem o apoio do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) e reivindica melhores salários e plano de carreira.

Em Resende, os funcionários, na parte da manhã, se concentraram em frente à prefeitura, na beira rio, chamando atenção de quem passava pelo local para as condições que o profissional da Educação está sujeito; a maioria estava vestida com roupas escuras.

— Estamos usando roupas pretas para não sermos confundidos com as pessoas que passam no local. Se cada um viesse com uma roupa aleatória, o grupo ficaria espalhado e não chamaria a atenção da população – explica Carmem Lúcia, 70, orientadora educacional na Escola Municipal Algodão Doce, na Cidade Alegria.

Mais de 200 profissionais de várias escolas municipais aderiram à paralisação, o que representa uma boa quantidade para os organizadores, visto que a Secretaria Municipal de Educação tentou impedir no começo da semana que o movimento acontecesse.

— A única coisa que o governo fez até agora foi pressionar os funcionários para não aderirem a greve. Alguns, que são ligados a outros sindicatos e que apoiam o governo não estão participando, mas aproximadamente 60% dos profissionais entraram nessa causa – afirma Enio Sebastião, professor e coordenador geral do Sepe.

Além da categoria estavam presentes representantes do Sepe e da APMR (Associação dos Professores Municipais de Resende) que citaram as reivindicações e a pauta que levou à paralisação: reajuste salarial de cinco salários-mínimos para o professor e 3,5 salários-mínimos para funcionários; plano de Carreira Unificado, com valorização pelo tempo de serviço e formação, fim dos projetos da meritocracia e autonomia pedagógica.

O movimento segue para o Calçadão, em Campos Elíseos, com a mesma finalidade e na parte da tarde, às 14horas, acontece na Câmara de Vereadores uma palestra sobre as verbas da Educação e logo após uma assembleia para discutir as próximas medidas.

Carta distribuída pela Secretaria de Educação ao pais e responsáveis. Com informações, segundo o Sepe e a APMR, que não são verídicas.

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14 thoughts on “Um dia de “Grito de Alerta”

  1. Greve é um direito de todo cidadão, mas convenhamos os colégios públicos de Resende são geridos por pedagogos ultrapassados, velhos e cansados da vida. Fiz uma pesquisa rápida no site do ministério da educação e constatei que os colégios de Resende estão em péssima colocação no ranking, mas a culpa não é dos professores e sim dos nossos governantes que querem pagar salários miseráveis aos professores e acabam atraindo os piores profissionais do mercado. Concordo com o senhor Tuca só os piores/medrosos ficam dando aula em colégio do município/Estado.

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