Professores da Faetec recebem o Prêmio Paulo Freire da Alerj

Luiz Carlos Sant’anna, e Caroline Porto estão entre os professores premiados (Foto: Divulgação/Alerj)

Nesta semana, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) realizou a entrega do Prêmio Paulo Freire. A cerimônia foi realizada na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Entre os 41 educadores contemplados, estão os professores da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), Luiz Carlos Sant’anna, Caroline Porto, Luciane Coutinho e Luciene Vales, além do professor Amilcar Brum Barbosa, que foi homenageado durante a cerimônia.

O Prêmio Paulo Freire foi criado em 2018 por iniciativa da Comissão de Educação da Alerj e destaca propostas pertinentes e transformadoras no âmbito educacional, através de 11 categorias pedagógicas. Três docentes da Faetec foram premiados na categoria “Experiência Pedagógica no Ensino Técnico (Integrado, Concomitante e/ou Subsequente)” e uma professora venceu na categoria “Experiência Pedagógica no Ensino Superior”.

Um dos projetos na lista dos ganhadores é o “Faetequinho”, desenvolvido na Escola Técnica Estadual Juscelino Kubitschek (ETEJK), pela professora Caroline Porto. O projeto consiste em um curso preparatório oferecido a alunos do 9º ano do Ensino Fundamental da rede pública do bairro de Jardim América, onde está localizada a unidade.

O Faetequinho atende com uma média de 30 a 40 vagas anuais e oferece aulas de português e matemática. O projeto é oriundo do JK Sustentável, uma iniciativa em vigor na escola desde 2009. Uma das ações do JK Sustentável é a coleta permanente de óleo. O material entregue pela comunidade é destinado para produção de sabão e o valor arrecadado é utilizado para manter o pré-técnico comunitário.

– É uma satisfação imensa receber esse prêmio, uma honra, pois é o prêmio que recebe o nome do nosso maior educador e no qual nós tanto nos inspiramos para fazer esse trabalho, que é o Faetequinho. Tem muita gente envolvida nesse projeto e é um momento de muita alegria para a gente. É com grande emoção que estou aqui e espero que possamos seguir com esse projeto ainda com mais força depois desse reconhecimento – concluiu a professora Caroline Porto.

Intitulado Alfabeclicando, o projeto de autoria da professora do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Iserj/Faetec) Luciene Vales foi vencedor na categoria “Experiência Pedagógica no Ensino Superior”. O trabalho teve início em junho de 2022 e propõe pesquisas sobre as lacunas no processo de aprendizagem infantil durante o ensino remoto.

O objetivo é analisar o desenvolvimento na aprendizagem de crianças que estiveram em processo de alfabetização remotamente e hoje têm aulas presenciais. Sua implementação conta com o auxílio de alunos do curso de pedagogia do Iserj, bolsistas da Faperj, estagiários do curso Técnico em informática do Iserj e estagiários do Programa Estagiando na Rede, além do apoio de professoras já formadas.

A equipe realiza oficinas de reforço escolar em unidades da rede pública municipal do estado. São também desenvolvidos jogos reais e digitais de alfabetização, no intuito de contribuir para a aprendizagem de leitura e escrita dos alunos. Emocionada, a professora Luciene falou sobre a satisfação em receber o Prêmio Paulo Freire.

– Eu fiquei muito honrada e feliz com a premiação, pois ela dá visibilidade ao trabalho que realizamos com nossas crianças e jovens. Sou Professora da Rede há 20 anos e me sinto muito realizada. A Fundação me permite criar e realizar projetos e pesquisas que mudaram a minha vida e também dos meus alunos – concluiu.

O coordenador do Centro de Memória da Faetec Quintino (Cemef), Luiz Carlos Sant’anna, conduz, ao lado das professoras Thaysa Caseli e Isabella Gaze, um conjunto de ações intitulado “Práticas de pesquisa e preservação do acervo da Fundação de Bem-Estar do Menor (Funabem): sensibilização do olhar de alunos do Ensino Médio Técnico”.

O projeto de pesquisa premiado é desenvolvido desde 2019 com alunos do Ensino Médio Técnico tendo por finalidade preservar o acervo da Funabem. Por meio da iniciativa, os estudantes aprendem técnicas de conservação e reparo de documentos históricos e produzem textos e relatórios sobre a trajetória identitária da instituição.

– Depois de quase dois anos e meio de trabalho, ter um reconhecimento como esse e ganhar o prêmio do maior educador da história do Brasil é uma satisfação enorme e uma grande felicidade – declarou o professor Luiz Sant’anna.

Outra iniciativa oriunda da Faetec a se destacar na premiação é a “Escola de Projetos da Escola Técnica Estadual Santa Cruz”. A escola de Projetos ETESC é um setor comandado pela professora Luciane Coutinho, ao lado das professoras Edna dos Santos e Tânia Mara de Jesus. O principal objetivo é iniciar os alunos do Ensino Médio Técnico Integrado da unidade na prática científica.

Para isso, alguns programas são propostos pela escola no intuito de despertar e incentivar os alunos a desenvolverem a criatividade, capacidade de observar a realidade, formular hipóteses e analisar resultados. Os projetos são implementados graças a parcerias pedagógicas com empresas renomadas como a Gerdau Cosigua e a Michelin.

A Comissão de Educação da Alerj, reconhecendo as contribuições no desenvolvimento de ciências e tecnologia, concedeu ao professor de biologia da Faetec Bacaxá, Amilcar Brum Barbosa, o título de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro. O professor é orientador de TCC do curso Técnico em meio ambiente e orientador de alunos bolsistas do Programa Jovens Talentos da Faperj na unidade que fica em Saquarema. O docente realiza ainda trabalhos de pesquisa sobre temas relacionados à biologia, como o branqueamento de corais.

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