MPB de luto: morre a cantora e compositora Gal Costa

Gal e o filho Gabriel, de 17 anos, que inspirou último álbum da cantora (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A Música Popular Brasileira está novamente de luto. Morreu na manhã desta quarta-feira, dia 9, a cantora e compositora Gal Costa, uma das maiores vozes da MPB. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista e a causa da morte ainda é desconhecida. Ela tinha 77 anos e estava temporariamente afastada dos palcos desde setembro, quando precisou retirar de um nódulo na fossa nasal direita.

Sendo assim, ela vinha se recuperando da cirurgia e precisou se afastar até o final de novembro, seguindo recomendações médicas. Gal seria uma das atrações do festival Primavera Sound, que aconteceu em São Paulo no último fim de semana, mas teve sua participação cancelada de última hora.

A cirurgia ocorreu pouco após sua apresentação em outro festival de música em São Paulo, o Coala. De lá para cá, ela não havia voltado aos shows, mas já tinha datas da turnê “As Várias Pontas de uma Estrela” marcadas para dezembro e janeiro.

Nascida em Salvador, na Bahia, em 26 de setembro de 1945, Maria da Graça Costa Penna Burgos, que ficou nacionalmente pelo seu nome artístico, conhecida como Gal Costa, foi eleita como a sétima maior voz da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil, em 2012. Criada pela mãe, Mariah Penna, e pelos parentes, Gal teve principalmente em Mariah uma incentivadora musical.

A cantora durante uma das apresentações mais recentes, no Festiva de Inverno de Garanhuns/PE (Foto: Felipe Souto Maior/Divulgação Fundarpe)

Em 1963, firmou amizade com Caetano Veloso, que perdurou até ó dia de sua morte, e que abriu portas para a cantora no cenário musical. Gal estreou ao lado de Caetano, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros, o espetáculo “Nós, Por Exemplo”, em 1964, que inaugurou o Teatro Vila Velha, em Salvador.

Neste mesmo ano participou de Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova, no mesmo local e com os mesmos parceiros. Deixou Salvador para viver na casa da prima Nívea, no Rio de Janeiro, seguindo os passos de Maria Bethânia, que havia estourado como cantora no espetáculo Opinião. Em 1971, ela lançou seu primeiro álbum “Fa-Tal, Gal a Todo Vapor”, e desafiou a ditadura militar existente à época no Brasil.

Gal morreu em sua mansão no bairro Jardins, na capital paulista. Ela deixa o filho adotivo, Gabriel, de 17 anos, cujo gosto musical serviu de inspiração para o último álbum inédito da artista, “A pele do futuro”, lançado em 2018.

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