No Dia de Hoje – 29 de setembro

Centro de Vassouras já foi cenário para novelas e minisséries (Foto: Filipo Tardim)

No dia 29 de setembro de 1857, o município de Vassouras, no Centro-Sul Fluminense, era elevada à categoria de cidade. Nesta época, a cidade vivia o apogeu do crescimento econômico pelas plantações de café, e tinha aproximadamente 3.500 moradores em sua área urbana.

O município começou a se desenvolver no dia 5 de outubro de 1782, quando o açoriano Francisco Rodrigues Alves e o seu sócio Luís Homem de Azevedo, que residiam em Sacra Família do Tinguá (atualmente distrito do município de Engenheiro Paulo de Frontin), recebem uma sesmaria no “sertão da Serra de Santana, Mato Dentro por detrás do Morro Azul”. Posteriormente, tais terras serão conhecidas por “Sesmaria de Vassouras e Rio Bonito”. A localidade recebeu este nome devido a existência de arbustos utilizados na confecção de vassouras.

Vassouras está localizada no que se posteriormente nomeou-se Vale do Paraíba. Esta região tornou-se conhecida como Caminho Novo e o Caminho do Proença pois faziam a ligação entre Minas Gerais durante o período de seu ciclo do ouro e o porto do Rio de Janeiro, servindo para o escoamento dessa produção destinada ao Império Português.

As terras foram sendo ocupadas aos poucos, por duas formas: a primeira por concessão real pela doação de Sesmarias ou por serviços prestados à Coroa e a segunda pela ocupação das terras por Posseiros devido ao comércio Tropeiro que passava pelo Caminho Novo. Pode-se nomear o primeiro proprietário a ocupar as terras da cidade de Vassouras, que foi Francisco Rodrigues Alves, que a partir de 1792, já possuía cafezais em sua propriedade, embora só em quantidade para abastecer a família.

No início do século XIX, a cidade passa por grande desenvolvimento econômico a região do vale do rio Paraíba do Sul. Com o esgotamento do ouro em Minas Gerais, mineiros migraram em massa para a região então de matas virgens e ocupada por tribos nômades de índios Coroados. Findado o trabalho de aldeamento de tais silvícolas, a região vê-se segura para ser colonizada a partir de plantações, a princípio pelas de cana-de-açúcar e depois pelas de café.

A estrada de Polícia e o crescimento econômico da região permitem o rápido surgimento de um arraial, atualmente centro da cidade de Vassouras.

Durante a década de 1850, a cidade, em seu apogeu, ostenta o título de “maior produtora de café do mundo”, reconhecida como a “Princesinha do café”. Entre 1856 e 1859, a província do Rio de Janeiro produz 63.804.764 arrobas de café, enquanto as províncias de São Paulo e Minas Gerais, juntas, produzem apenas um quarto deste total.

Constroem-se casarios, palacetes, hotéis (sempre repletos), joalherias, o teatro, etc., plenos de vida social intensa. Antes rústicos, os cafeicultores educam-se e socializam-se; suas fazendas são ora reformadas, ora ampliadas para atenderem às novas necessidades e para receberem hóspedes ilustres da Corte. Criam-se importantes estabelecimentos de ensino, que serão frequentados por alunos forasteiros, incluídos os da cidade do Rio de Janeiro.

Tornou-se Vassouras, neste período, a maior cidade com fazendeiros nobilitados, ficou conhecida como “Cidade dos Barões”: ali viviam 25 barões, 7 viscondes, 1 viscondessa, 1 condessa, 2 marqueses, considerados titulares vassourenses, entre outros.

Nas fachadas de seus casarios, palacetes e monumentos, Vassouras guarda as lembranças desse período. O seu conjunto histórico urbanístico e paisagístico foi protegido em 1958 por um processo de tombamento (566-T-57, de 26.06.1958) Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A 24 de dezembro de 1984, Vassouras é declarada, por força de lei, estância turística.

Atualmente, Vassouras é um centro educacional reconhecido nacionalmente. Algumas escolas e Colégios se destacam pela qualidade de ensino. A Universidade de Vassouras, que atualmente oferece 26 cursos na área de graduação, é a segunda maior geradora de empregos na região e tem nota 4 no Enade e cursos como Medicina, Odontologia e as Engenharias são destaques.

Culturalmente, Vassouras recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por D. Pedro II. A cidade também é citada por autores como Machado de Assis, em seu conto “Evolução”. O município também serviu de locação para o filme “O Meu Pé de Laranja Lima” de 1970, e para a minissérie “Presença de Anita”, de 2001.

Fonte: Wikipédia

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