No Dia de Hoje – 15 de setembro

“Velho Chico” foi o último trabalho do ator, morte trágica ocorreu durante gravações (Foto: Reprodução/TV Globo)

No dia 15 de setembro de 2016, morria o ator e produtor teatral Domingos Montagner. Nascido no bairro paulistano do Tatuapé, numa família de descendentes de italianos, começou a trabalhar aos 16 anos colaborando no bar de seus pais no mesmo bairro. Trabalhou também como office boy e arquivista em uma empresa de engenharia. Esguio e com 1,90 m de altura, chegou a ser atleta do Corinthians jogando handebol.

Foi Segundo Tenente do Exército Brasileiro e após deixar o serviço militar formou-se em Educação Física, lecionando na década de 80 em escolas públicas e particulares de São Paulo. Foi assim por quase 11 anos, quando deu início à sua carreira artística, aos 27 anos de idade.

Sua carreira artística começou no Circo Escola Picadeiro em 1989, onde conheceu Fernando Sampaio e juntos começaram a fazer várias apresentações de rua como palhaços. Em 1991, ingressou no circo como trapezista e palhaço. Simultaneamente, começou a se dedicar aos estudos para teatro através de curso de interpretação de Myriam Muniz, cursos de dança e outros.

Em 1997, a dupla de palhaços criou o Grupo La Mínima, espetáculo baseado no humor e nas acrobacias. Os espetáculos começaram a ganhar prêmios em 2001 e não pararam mais. Em 2008, os palhaços foram homenageados com o Prêmio Shell de Melhor Ator para Domingos Montagner e Fernando Sampaio, por A Noite dos Palhaços Mudos. Vários trabalhos da dupla estiveram em espetáculos de rua e salas, que percorreram, em quinze anos, dezenas de festivais e temporadas nacionais e internacionais.

Em 2004, Montagner foi um dos nove fundadores do Circo Zanni do qual foi diretor artístico. O circo fundado por Domingos Montagner, Fernando Sampaio, Daniel Pedro, Pablo Nordio, Marcelo Lujan, Luciana Menin, Érica Stoppel, Maíra Campos e Bel Mucci, todos artistas circenses oriundos de escolas de circo, com forte influência do circo tradicional e de outras linguagens cênicas, tais como o teatro, a dança e a música.

O Circo Zanni sempre foi um verdadeiro sucesso, realizou inúmeras temporadas, na cidade e estado de São Paulo, em Minas Gerais, Pernambuco e Goiás, superando a marca de 130 mil espectadores.

Domingos estreou na televisão em 1995 na telenovela Tocaia Grande, na extinta Rede Manchete, na sequência fez pequenos papéis na RecordTV em Canoa do Bagre (1997), Marcas da Paixão (2000) e Vidas Cruzadas (2001). Em 2011 ganhou destaque ao interpretar o antagonista Capitão Herculano de Cordel Encantado, na Rede Globo, no qual assinou contrato após o fim da trama. Em 2012, viveu o presidente Paulo Ventura na minissérie O Brado Retumbante.

No mesmo ano, interpretou em Salve Jorge o guia turístico Zyah, que se apaixona por Bianca, personagem de Cléo Pires. Em 2013, viveu o ativista Mundo em Joia Rara. Em 2015, foi protagonista na telenovela Sete Vidas, no papel de Miguel, um homem que descobre ter sete filhos, após ser doador de esperma.

No cinema, fez várias participações com destaque ao longa Através da Janela, Segurança Nacional e Gonzaga: De Pai pra Filho (2012), de Breno Silveira. Na televisão sua última atuação foi em 2016, interpretando o personagem Santo, protagonista da telenovela Velho Chico, transmitida pela Rede Globo. Foi nessa ocasião, no dia 15 de setembro, durante o horário de almoço das gravações da telenovela Velho Chico, que Domingos mergulhou no rio São Francisco, na Região de Canindé de São Francisco, em Sergipe, não conseguindo retornar à terra firme, mesmo sabendo nadar.

A atriz Camila Pitanga estava nadando com Montagner e o viu desaparecer nas águas, arrastado pela correnteza. O ator ficou desaparecido durante quatro horas, até seu corpo ser encontrado submerso e já sem vida, a dezoito metros de profundidade. Segundo laudos do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, o resultado da necropsia feita no corpo do ator apontou morte por asfixia mecânica causada por afogamento.

A polícia civil de Sergipe finalizou o inquérito no dia 8 de novembro. Concluiu-se que o ator morreu por afogamento de forma “atípica”, porém acidental. A despeito de irregularidades no local (ausência de sinalização adequada e salva-vidas), ninguém foi indiciado.

Semanas antes do acontecimento, o personagem interpretado por ele na novela foi salvo por índios, que o encontraram inconsciente no rio São Francisco, depois de ter levado um tiro de seu inimigo na trama, mesmo rio em que o ator perderia a vida. Montagner foi enterrado no jazigo da família, no Cemitério da Quarta Parada, no dia 17 de setembro.

Fonte: Wikipédia

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