No Dia de Hoje – 24 de agosto

Erupção do Vesúvio (Foto: Reprodução do quadro de Johan Christian Dahl, pintado em 1826)

Em 24 de agosto de 79 d.C., começava a erupção do vulcão Vesúvio, uma das mais conhecidas e catastróficas de todos os tempos. As cercanias romanas de Pompeia, Herculano, Estábia e Oplontis foram afetadas, com Pompeia e Herculano sendo completamente destruídas. O Vesúvio espalhou uma nuvem mortal de rochas, cinzas e fumaça a uma altura de mais de 30 quilômetros, cuspindo lava e púmice a uma proporção de 1,5 milhão de toneladas por segundo e liberando no total uma energia térmica centenas de milhares de vezes maior do que a do bombardeamento de Hiroshima.

Estima-se que 16 mil cidadãos de Pompeia e Herculano morreram devido ao fluxo piroclástico hidrotermal de temperaturas superiores a 700°C. Desde 1860, quando escavações sistemáticas passaram a ser realizadas em Pompeia, os arqueólogos descobriram nos limites da cidade as cascas petrificadas dos corpos decompostos de 1.044 vítimas.

A erupção teria durado dois dias. A manhã do primeiro dia foi considerada normal pela única testemunha a deixar registros escritos, Plínio, o Jovem. Ao entardecer, uma explosão lançou uma coluna de grande altitude da qual cinzas começaram a cair, cobrindo a região. Resgates e fugas ocorreram durante este período. Em determinada hora da noite ou no começo do dia seguinte, os fluxos piroclásticos começaram a atingir as cercanias mais próximas ao vulcão.

As luzes vistas no monte foram interpretadas como sendo um incêndio, e populações de locais distantes como Miseno fugiram para salvar suas vidas. Os fluxos moviam-se rapidamente, eram densos e de temperatura intensa, destruindo parcial ou inteiramente todas as estruturas em seu caminho, incinerando ou sufocando os habitantes remanescentes e alterando a paisagem, incluindo a linha costeira. Ocorriam paralelamente tremores leves, enquanto um maremoto de médio porte atingia o golfo de Nápoles.

Estudos mostram que, as cerca de duas mil pessoas que morreram não foram apanhadas por rios de lava, mas sim por uma nuvem gigante de cinzas e gás ejetada pelo vulcão. O fluxo piroclástico – a nuvem densa de cinzas, gás e vidro vulcânico – que atingiu a cidade tinha uma temperatura de mais de 100ºC, provavelmente engolfou a cidade durante 10 a 20 minutos, com a duração média do fluxo a ser 17 minutos – tempo suficiente para a inalação das cinzas quentes ser letal.

De acordo com um estudo estratigráfico (de estratigrafia, ramo da geologia que estuda os estratos ou camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que as formaram) por Sigurdsson, Cashdollar e Sparks, publicado em 1982 e atualmente considerado uma referência padrão, a erupção de 79 ocorreu em duas fases: uma erupção pliniana que durou de 18 a 20 horas, seguida por um fluxo piroclástico, característico da erupção peleana, que alcançou Miseno mas concentrou-se a oeste e noroeste.

Dois fluxos piroclásticos engolfaram Pompeia, queimando e asfixiando os habitantes que não foram capazes de fugir. Oplontis e Herculano receberam a maior parte dos fluxos, sendo soterradas por uma cinza fina e pelos depósitos piroclásticos.

Os estudos da erupção de 79 foram comparados à erupção da Idade do Bronze, adiantando suposições de um possível futuro desastre. Desde uma última erupção em 1944, o Vesúvio permanece relativamente quieto; supõe-se, no entanto, que quanto mais tempo ele permanecer adormecido pior será a erupção, especialmente em relação à região densamente habitada em torno do vulcão.

Fonte: Wikipédia

Você pode gostar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O limite de tempo está esgotado. Recarregue CAPTCHA.