No Dia de Hoje – 6 de agosto

Jorge Amado, em foto de 1972 (Foto: Reprodução/Internet)

No dia 6 de agosto de 2001, morria o escritor e jornalista Jorge Amado. Nascido em Itabuna/BA, no dia 10 de agosto de 1912, foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos, sendo o autor mais adaptado do cinema, do teatro e da televisão com as obras “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, “Tenda dos Milagres”, “Tieta do Agreste”, “Gabriela, Cravo e Canela” e “Tereza Batista Cansada de Guerra” foram criações suas.

Sua obra literária – 49 livros, ao todo – também já foi tema de escolas de samba por todo o país. Seus livros foram traduzidos em 80 países, em 49 idiomas, bem como em braille e em fitas gravadas para cegos. Amado integrou os quadros da intelectualidade comunista brasileira desde o final da primeira metade do século XX – ideologia presente em várias obras, como a retratação dos moradores do trapiche baiano em Capitães da Areia, de 1937. Em 1994, a sua obra foi reconhecida com o Prêmio Camões.

Começou efetivamente a participar da vida literária, em Salvador, aos 14 anos. Foi um dos fundadores da “Academia dos Rebeldes”, grupo de jovens que desempenhou um importante papel na renovação da literatura baiana. Os seus trabalhos eram publicados em revistas fundadas por eles mesmos. Foi para o Rio de Janeiro, então a capital do País, para estudar na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No entanto, tornou-se um jornalista, e envolveu-se com a política ideológica comunista, como muitos de sua geração.

Em 1946 foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) em São Paulo, o que lhe rendeu fortes pressões políticas. Como deputado, foi o autor da emenda que garantiu a liberdade religiosa devido a ter visto o sofrimento dos que seguiam cultos africanos bem como protestantes no Ceará serem saqueados por fanáticos com uma cruz à frente – buscou assinaturas até conseguir a aprovação da sua emenda, e desde então a liberdade religiosa tornou-se lei.

Em 1958 publicou “Gabriela, Cravo e Canela”, que representou um momento de mudança na produção literária do autor que até então abordava temas sociais. Nesta segunda fase faz uma crônica de costumes, marcada por tipos populares, poderosos coronéis e mulheres sensuais. Além de “Gabriela”, os romances “Dona Flor e seus dois maridos” e “Tereza Batista cansada de guerra” são representativos desta fase.

Jorge Amado morreu em 6 de agosto de 2001 devido a uma parada cardiorrespiratória. Em junho do mesmo ano, já havia sido internado por causa de uma crise de hiperglicemia. O corpo de Jorge Amado foi cremado e suas cinzas enterradas em sua casa no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. As cinzas de sua mulher, a também escritora Zélia Gattai, também estão depositadas no mesmo local, quando morreu em 2008. Hoje funciona no local a Casa do Rio Vermelho, expondo lembranças da vida do casal de escritores.

Fonte: Wikipédia

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