No Dia de Hoje – 22 de julho

Madalena era seguidora de Cristo e teve um Evangelho descoberto no Egito (Foto: Arte de Tintoretto/Musei Capitolini de Roma)

No dia 22 de julho é celebrado o Dia de Maria Madalena ou Maria de Magdala, descrita no Novo Testamento como uma das seguidoras mais dedicadas de Jesus Cristo. É considerada santa pelas diversas denominações cristãs. A Igreja Católica, seguindo São Gregório Magno, além de a identificar como a “pecadora” de livro Lucas 8:2, também a identifica como sendo a mesma Maria de Betânia, irmã de Lázaro, e celebra as “Três Marias” em uma única festa.

A Igreja Ortodoxa, ao contrário, seguindo Orígenes, distingue as três figuras, celebrando três festas diferentes, nomeadamente no segundo domingo após a Páscoa.

“Madalena” não era o seu sobrenome, como popularmente se acredita. No seu tempo de vida o conceito de “sobrenome” não existia entre o povo judeu. O nome “Madalena” na realidade é um adjetivo que a descreve como sendo natural de Magdala, cidade localizada na costa ocidental do Mar da Galileia.

No Novo Testamento, Maria Madalena acreditava que Jesus Cristo realmente era o Messias. Esteve presente na crucificação e no funeral de Cristo, juntamente com Maria de Nazaré e outras mulheres. Após o pôr do sol do dia sagrado judaico, o sábado, quando este findava, segundo o costume bíblico, ela comprou certos perfumes a fim de preparar o corpo de Cristo da forma como era costume. Permanecera na cidade durante todo o sábado, e no dia seguinte, de manhã muito cedo, “quando ainda estava escuro”, foi ao sepulcro.

Maria estava da parte de fora, a chorar, debruçou-se para dentro do túmulo e viu dois anjos vestidos de branco sentados onde tinha estado o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Perguntaram-lhe: “Mulher, por que choras?” E ela respondeu: “Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram”, dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, mas não O reconheceu. E Jesus disse-lhe: “Mulher, por que choras? Quem procuras?” Ela, pensando que era o encarregado do Horto, disse-Lhe: “Senhor, se foste tu que O tiraste, diz-me onde O puseste, que eu vou buscá-l’O”.

Disse-lhe Jesus: “Maria!” Ela aproximando-se exclamou em hebraico: “Rabbuni!”, que quer dizer Mestre! Jesus disse-lhe: “Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vais ter com os meus irmãos e diz-lhes: ‘Subo para O meu Pai que é vosso Pai, para O meu Deus que é vosso Deus'”. Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: “Vi o Senhor!” E contou o que Ele lhe tinha dito. Nada mais se sabe sobre ela a partir da leitura dos evangelhos canónicos.

Em Lucas 8:2, faz-se menção, pela primeira vez, de “Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios”. Não há qualquer fundamento bíblico para considerá-la como a prostituta arrependida dos pecados que pediu perdão a Cristo; também não há nenhuma menção de que tenha sido prostituta. Este episódio é frequentemente identificado com o relato de “Maria aos pés de Jesus” em Lucas, ainda que não seja referido o nome da mulher em causa.

O retrato de Maria Madalena como prostituta começou após uma série de sermões pascais proferidos em 591, quando o Papa Gregório I associou Maria Madalena, que é apresentada em Lucas 8:2, com Maria de Betânia e a inominável “mulher pecadora” que unge os pés de Jesus em Lucas 7:36-50. Isto resultou numa crença generalizada de que ela era uma prostituta arrependida, ou uma mulher promíscua. No livro Aos Pés de Jesus (2000), também o escritor adventista Doug Batchelor levanta a hipótese de que Maria Madalena, Maria de Betânia (irmã de Marta e Lázaro), a pecadora de Lucas 7 e a adúltera de João 8 tenham todas sido a mesma pessoa.

No entanto, o Evangelho de Maria Madalena, descoberto em 1896 ou 1945 no Egito, traz uma nova interpretação de quem teria sido Maria Madalena. Segundo este texto gnóstico, ela teria sido uma discípula de suma importância à qual Jesus teria confidenciado informações que não teria passado aos outros discípulos, sendo por isso questionada por Pedro e André. Ela surge ali como confidente, alguém, portanto, mais próximo de Jesus do que os demais.

Fonte: Wikipédia

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