Itatiaia e Barra Mansa são premiadas no ICMS Ecológico 2021

Itatiaia é quinta colocada no ICMS Ecológico no critério de Áreas Protegidas

Dois municípios do Médio Paraíba foram premiados na noite desta quarta-feira, dia 29, no ICMS Ecológico 2021. Enquanto Itatiaia ficou em quinto lugar no critério de Áreas Protegidas, Barra Mansa foi campeã em melhorias nos índices de tratamento de resíduos sólidos. A premiação aconteceu em solenidade realizada no auditório da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), no bairro do Flamengo, na capital fluminense.

O município da terra do pico, e um dos municípios-sede do Parque Nacional do Itatiaia, as mais antiga unidade de conservação ambiental do país, recebeu um prêmio de mais de R$ 3,7 milhões. De acordo com Marcelo Albuquerque, Diretor do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de Itatiaia, que representou a cidade no evento, o valor é referente ao ICMS ecológico 2021 (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), no critério de unidade de conservação ambiental. “O valor total do ICMS Verde do município é R$ 4.425.089,81”, informa.

O Secretário de Meio Ambiente de Itatiaia, Rodrigo Freitas, explica que o ICMS Ecológico é um remanejamento de receita tributária, com base na proteção ambiental, que um determinado município aplica em seu território. “Portanto, o valor recebido pelos municípios por ICMS Ecológico depende do seu próprio comprometimento com a preservação de suas unidades de conservação e mananciais”, conta.

Para Barra Mansa, a conquista foi dupla. Além do primeiro lugar entre os 92 municípios fluminenses pelas melhorias nos índices de tratamento de resíduos sólidos, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Barra Mansa e o Saae-BM (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) receberam o prêmio ICMS Ecológico 2021 também pela remediação de vazadouros, na segunda colocação.

Durante a cerimônia, o secretário de Meio Ambiente, Vinícius Azevedo, disse se sentir honrado com a premiação e ressaltou o impacto que o encerramento das atividades do lixão no Km 7 trouxe para o município.

– O Saae, de maneira eficaz, coordenou essa ação e deu total apoio à implantação do Centro de Resíduos Sólidos, em 2012. A unidade conta desde 2018 com a Central Geradora de Energia do Sul Fluminense, a partir do biogás, que é o gás proveniente da decomposição do lixo que, traz ganhos diversos principalmente na questão da redução do efeito estufa.

O diretor executivo do Saae-BM, Adilson Rezende, lembrou que o CTR além de permitir a destinação ambientalmente correta do lixo do município, conforme explicita a Lei 12.305/2010, auxilia outras cidades na preservação ambiental, como Volta Redonda, Porto Real, Quatis, Rio Claro, Pinheiral, além de Bananal e Arapei, ambas situadas no estado de São Paulo.

– Também conseguimos organizar e dar o suporte adequado para os associados da Cooperativa Mista de Catadores de Materiais Recicláveis de Barra Mansa, que hoje conseguem obter uma renda média mensal da ordem de um salário mínimo – justificou.

ICMS ECOLÓGICO
A premiação do ICMS Ecológico é realizada pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Anamma (Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente) e Fecomércio RJ.
Já a Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) é a responsável pelo cálculo do ICMS Ecológico.

A entidade destaca que o objetivo é incentivar os municípios fluminenses a promoverem investimentos na conservação ambiental e em desenvolvimento sustentável. De acordo com a legislação que criou o ICMS ecológico, a Fundação Ceperj calcula o IFCA (Índice Final de Conservação Ambiental) e encaminha para Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, para compor as outras cotas do tributo.

O ICMS Ecológico no Estado do Rio de Janeiro foi criado em 2007, pela Lei Estadual nº 5.100, que alterou a lei nº 2.664 de 1996, incluindo o critério de Conservação Ambiental na divisão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aos municípios do Estado do Rio de Janeiro.

Barra Mansa receberá ICMS Ecológico por dupla conquista na área relacionada ao controle de resíduos sólidos

MECANISMO TRIBUTÁRIO
Criado para impactar positivamente a qualidade ambiental dos municípios, o ICMS Ecológico é um mecanismo tributário que garante às prefeituras que investem em conservação ambiental uma fatia maior do ICMS repassados a elas. O imposto possibilita aos municípios acesso a parcelas maiores dos recursos financeiros arrecadados pelo Estado através do ICMS, em razão de atendimento de alguns critérios ambientais estabelecidos em leis estaduais. A legislação conta com critérios diferenciados de redistribuição de recursos do ICMS, que reflete o nível da atividade econômica nos municípios em conjunto com a preservação do meio ambiente.

Para o repasse do recurso do ICMS Ecológico aos municípios são considerados os seguintes critérios ambientais: Áreas Protegidas; Qualidade Ambiental dos Recursos Hídricos; Índice de tratamento de esgotos e índice de mananciais de abastecimento e Resíduos Sólidos. Os repasses são proporcionais às metas alcançadas nessas áreas. Ou seja, quanto melhores os indicadores, mais recursos as prefeituras recebem. A cada ano, os índices são recalculados, oferecendo aos municípios que investiram em conservação ambiental o aumento da sua participação no repasse do imposto.

Fotos: Divulgação

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