No Dia de Hoje – 30 de junho

O lateral da seleção Cafu (ao centro) ergue a taça do pentacampeonato

No dia 30 de junho de 2002, o Brasil conquistava pela última vez um campeonato da Copa do Mundo de Futebol Masculino, promovida pela Fifa. A seleção de futebol do país conquistou na ocasião o quinto título mundial, tornando-se assim a única seleção a ter o pentacampeonato. Realizada entre 31 de maio e 30 de junho, a Copa teve pela primeira vez sede em dois países: Japão e Coreia do Sul, e a primeira vez que uma edição da Copa não aconteceu na Europa ou nas Américas.

No entanto, a equipe Brasileira chegou ao Mundial desacreditada. Depois de perder na final para a França, em 1998, as Eliminatórias para 2002 também tiveram caminhos turbulentos e o elenco, comandado por Luiz Felipe Scolari, só conseguiu a classificação na penúltima rodada, estando por diversas vezes ameaçado de não participar da competição. O Brasil se classificou com nove vitórias, três empates e seis derrotas, chegando a trocar três vezes de técnico durante o ciclo de preparação para o Mundial.

O evento foi uma oportunidade para que craques como Ronaldo Nazário se consagrasse. O atacante, que jogava pela Internazionale, da Itália, havia passado por cirurgias no joelho pouco tempo antes da competição e o seu rendimento era o principal assunto na mídia da época. Outros nomes como Rivaldo, Cafu, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos e Juninho Paulista também integravam aquele elenco campeão.

A fase de grupos foi tranquila, recuperando, aos poucos, a confiança dos torcedores no Brasil. Um pequeno susto apareceu na estreia contra a Turquia, que abriu o placar nos acréscimos da primeira etapa. Logo no início do segundo tempo, Ronaldo chamou a responsabilidade para si e deixou tudo igual. A virada veio quase no final da partida em um pênalti cobrado por Rivaldo. Triunfo por 2 a 1 para Brasil.

Já no segundo duelo, as coisas caminharam mais fáceis e o time canarinho goleou a China por 4 a 0 em um espetáculo protagonizado pelos R’s da seleção. Roberto Carlos abriu o placar, seguido de Rivaldo e Ronaldinho, que converteu um pênalti. Ronaldo sacramentou a goleada aos 10 minutos da etapa complementar.

Esse não foi o único placar expressivo na campanha do penta e o jogo seguinte acabou com qualquer desconfiança que ainda pairasse sobre as lesões de Ronaldo e Rivaldo. O Fenômeno balançou as redes duas vezes nos 5 a 2 contra a Costa Rica. Rivaldo também deixaria o dele, junto com Edmílson e Júnior.

Assim, a Seleção Brasileira avançava para o mata-mata enfrentando mais um teste de resistência no jogo contra a Bélgica, com um primeiro tempo marcado por tentativas de gols mal sucedidas. Os dois tentos saíram na metade da segunda etapa com autoria de Rivaldo e Ronaldo, e o triunfo foi garantido com 2 a 0. Nas quartas, um jogo truncado com a Inglaterra. O “English Team” saiu na frente depois de uma falha do zagueiro Lúcio, mas os ingleses não conseguiram parar o talento de Ronaldinho Gaúcho.

O craque brasileiro fez a jogada do gol de empate, anotado por Rivaldo, e marcou um verdadeiro golaço de falta na intermediária, garantindo a classificação do Brasil com o placar de 2 a 1. Na semifinal, a Turquia foi a adversária outra vez e, mais uma vez, a Canarinho venceu. Com o famoso gol “de bico” anotado por Ronaldo, o placar de 1 a 0 carimbou o passaporte para a decisão.

A final aconteceu entre Brasil e Alemanha, duas das equipes mais bem sucedidas do futebol mundial, que nunca haviam se enfrentado na decisão. No Estádio Internacional de Yokohama, a partida ficou marcada pelo equilíbrio físico da Alemanha e da paciência brasileira de trabalhar a bola, na espera de pequenos espaços.

Alguns chegaram a aparecer, mas não saíram do quase. Ronaldinho Gaúcho tentou uma vez e Kléberson acertou o travessão logo na sequência. Roberto Carlos até mirou, mas o goleiro alemão Oliver Kahn espalmou e adiou mais uma vez o grito da torcida brasileira. A oportunidade de comemoração, enfim, foi concluída no segundo tempo. Ronaldo abriu o placar aos 22 minutos e fechou aos 32.

Ali, o Fenômeno entrava para a história ao marcar oito gols em sete jogos, feito que não acontecia desde 1974, e garantia a alegria de todo um povo que acordou cedo, mas continuou sonhando com a conquista de título histórico no outro lado do mundo. Com uma campanha invicta e sob o comando de Luiz Felipe Scolari, o Brasil era campeão do mundo novamente. Dando a volta por cima.

Ronaldo Fenômeno, autor dos gols da final, bateu o recorde de artilharia da Copa naquele ano

O capitão brasileiro Cafu, que entrou no segundo tempo da decisão com a Itália, do tetracampeonato em 1994, foi titular no vice-campeonato em 1998 e ergueu a taça do pentacampeonato em 2002. Já na artilharia, o Brasil passou o recorde da campanha da Polônia de 1974. quando Grzegorz Lato fez sete gols na competição.

O novo dono do título era Ronaldo Fenômeno, que conseguiu balançar as redes oito vezes na edição. Esse aproveitamento também se refletiu no elenco da “Família Scolari”. Ao vencer os sete jogos, o Brasil quebrou o recorde histórico de vitórias em Copas do Mundo.

Além de Cafu, Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos e Ronaldinho, a seleção de Scolari também tinha os jogadores Marcos, Belletti, Lúcio, Roque Júnior, Júnior, Edmílson, Gilberto Silva, Kléberson, Denílson, Dida, Rogério Ceni, Anderson Polga, Vampeta, Ricardinho, Juninho Paulista, Kaká, Edilson e Luizão.

Fotos: Divulgação/Fifa e CBF

Fontes: Wikipédia e CBF

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