Tubulação de óleo diesel se rompe e polui Rio Paraíba do Sul

Uma tubulação de óleo diesel, pertencente à empresa Transpetro, ligada à Petrobrás, se rompeu na noite do último domingo, dia 5, às margens da RJ 161 (Estrada da Limeira), no município de São José do Barreiro. O líquido acabou contaminando o Rio Formoso, que integra a bacia do Rio Sesmaria e deságua no Rio Paraíba do Sul,em Resende. Segundo a prefeitura de Resende, foram derramados aproximadamente 8 mil litros do combustível.

Em nota, a Transpetro informou que o vazamento foi gerado após o furto de uma válvula na tubulação. O líquido começou a jorrar atingindo o solo e alcançado o Rio Formoso. Segundo a empresa, funcionários atuaram durante toda a manhã de segunda e no começo da tarde o vazamento foi estancado.

No começo da tarde de segunda, o óleo já era visto no Rio Sesmaria e no Rio Paraíba do Sul. Um forte odor de combustível era exalado pegando de surpresa quem passava pelas pontes sobre ambos os rios.

A nota da Transpetro diz ainda que foi efetuado o boletim de ocorrência e que a empresa aguarda agora o “resultado da investigação sobre o furto e na consequente punição de criminosos que, agindo de forma leviana e irresponsável, colocam em risco a segurança e a saúda da população”.

A prefeitura de Resende também se pronunciou, em nota, e disse que vem mantendo contato com os engenheiros da Transpetro e com as autoridades ambientais como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), Instituto Estadual do Ambiente (INEA-RJ) e com a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (CETESB) do Estado de São Paulo.

Segundo a concessionária de saneamento de Resende, o vazamento de óleo não afetou a captação de água no município.  Já a Prefeitura de Barra Mansa informou que foi notificada pelo Inea do vazamento, mas que até o começo da tarde o vazamento não prejudicava a captação.

No dia 5 de abril, a cidade de São Sebatião, SP, teve 11 praias atingidas por óleo que vazaram por uma válvula no sistema de oleoduto do Terminal Marítimo Almirante Barroso (Tebar), da Transpetro/Petrobras.

Duas empresas contratadas pela Transpetro atuam em Resende para conter o vazamento. Contenções (foto) foram colocadas no Rio Sesmarias na tentativa de evitar a passagem do óleo para o Rio Paraíba. Caminhões trabalham em três pontos: próximo à Universidade Estácio de Sá, ao Resende Shopping, e na Avenida Presidente Kennedy, onde o Sesmaria deságua no Rio Paraíba.

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3 thoughts on “Tubulação de óleo diesel se rompe e polui Rio Paraíba do Sul

  1. O que causa indignação e insegurança é que os órgãos públicos civis de Resende, tanto a
    Defesa Civil como a AMAR, não têm mecanismos e equipamentos de segurança para impedir a contaminação do Rio Paraíba do Sul. Bastaria colocar na confluência do Sesmaria com o Paraíba, uma rede de contenção para coleta do óleo derramado. Esses equipamentos existem na Petrobrás, para conter o vazamento de óleo no mar. Com essa falta de recursos técnicos esses órgãos públicos passam a ser cúmplices desse acidente. Lamentavelmente vamos procurar os culpados e aplicar multas. Será que resolverá o problema?

  2. Furto? Conta outra. Querem é se eximir da responsabilidade. Duvido que haverá multa. A linha não tem sensores? Iriam furtar justamente a válvula? Acorda Broa.

  3. Depois da porta arrombada, colocaram a tranca. É uma vergonha a inoperância dessa Defesa Civil de Resende. O óleo derramado no Sesmaria e contaminação do Rio Paraíba do Sul, ocorreu durante todo o dia, sem que providências fossem tomadas. Às 17.15 h, um carro com redes de contenção se aproximou do Rio, na altura do Ed Solar da Serra, para tomar alguma decisão. Pelo que se observou, estavam sem ação e perdidos. A Defesa Civil está desaparelhada, sem equipamentos e treinamento operacional. É uma vergonha o que estamos assistindo, um acidente anunciado e nosso pessoal sem saber o que fazer. Estamos por conta da sorte e da severidade dos acontecimentos. E se fosse um incêndio, um desabamento, ou outro sinistro qualquer. É preciso tomar providências governamentais, porque a coisa é séria. É melhor não ter Defesa Civil, do que ter desse jeito.

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