No Dia de Hoje – 15 de abril

Fogo que destruiu parte da catedral se iniciou durante uma missa no final da tarde (Foto: LeLaisserPasserA38/Reprodução)

No dia 15 de abril de 2019, um incêndio de grandes proporções atingiu a Catedral de Notre-Dame em Paris. O fogo começou no fim da tarde no telhado do edifício, e causou danos consideráveis. A agulha da catedral e o telhado colapsaram, e o interior e alguns dos artefatos foram gravemente danificados.

A catedral de Notre-Dame de Paris data do século XII, compondo-se de uma mistura de cantaria nas estruturas de suporte, e madeira nos telhados principais e na sua agulha. Em 2018, um apelo emergencial declarou que a catedral necessitava de manutenção e restauro. Quando foram levantadas as preocupações sobre o estado da catedral, o arquiteto diretor dos monumentos históricos franceses, Philippe Villeneuve, disse em 27 de Julho de 2017 que “a maior culpada é a poluição”.

Quando o incêndio ocorreu, o edifício estava com obras de renovação. Tinham sido colocados andaimes em torno dos telhados, e várias estátuas de pedra e bronze tinham sido removidas do local, em preparação para as obras de restauro. Pelo menos 16 estátuas de bronze e outras obras de arte foram retiradas do edifício durante as obras de restauro, sendo assim poupadas do incêndio. As causas do incêndio ainda não estão determinadas, presumindo-se que o fogo possa estar relacionado com as obras de restauro em curso no edifício.

Estima-se que o fogo tenha começado às 18h50, hora de Paris, no sótão da catedral, perto da hora em que o edifício fechava aos turistas. Uma missa estava programada para essa hora, entre as 18h15 e as 19h. De acordo com quem se encontrava no local, as portas da catedral foram abruptamente fechadas à sua saída, e uma fumaça branco começou a sair dos telhados.

A fumaça branca tornou-se negra, indicando que um fogo de grandes dimensões estava ocorrendo no interior da catedral. A polícia e outros serviços de emergência rapidamente evacuaram a Île de la Cité, onde se situa a catedral, e fecharam os acessos da cidade à ilha. Quatrocentos bombeiros foram mobilizados para o combate às chamas.

Segundo os bombeiros, o combate às chamas por meios aéreos não era possível, pois poderia causar o colapso integral da estrutura do edifício. As equipes de emergência fizeram o possível por salvar a arte e artefatos religiosos guardados na catedral, enquanto combatia as chamas. As chamas engoliram a parte superior do edifício, incluindo as duas torres sineiras e a agulha central. Pouco depois das 20h, foi confirmada a inexistência de vítimas por responsáveis do ministério do Interior francês.

Segundo o monsenhor Patrick Chauvet, reitor da catedral, a coroa de espinhos e a túnica de São Luís, dois dos artefactos mais valiosos lá albergados, foram salvos das chamas.

Pouco antes das 23h, o secretário de Estado do ministério do interior, Laurent Nuñez, e o general Jean-Claude Gallet, fizeram um ponto de situação, afirmando que o fogo havia baixado de intensidade, que o incêndio já estava em fase de rescaldo, e que a estrutura da catedral de Notre-Dame se havia “salvado e preservado na sua globalidade”.

Fogo consumiu a parte superior da catedral (Foto: GodefroyParis/Reprodução)

A presidente da câmara de Paris, Anne Hidalgo, descreveu o incêndio como um “fogo terrível”, pedindo aos cidadãos que respeitassem as medidas de segurança. Milionários e empresas francesas ofereceram ajuda financeira para a reconstrução do local, após pedido do presidente Emmanuel Macron. Até 16 de abril de 2019, as doações passavam de 590 milhões de euros.

Três anos após o incêndio que a devastou, a catedral segue recebendo restauração recuperou sua cor original graças ao trabalho diário de um exército de artesãos e deve reabrir em 2024. A restauração começou em abril de 2019 com obras para garantir a estabilidade do edifício, incluindo a colocação de estruturas reforçadas nos 28 contrafortes, o desmonte dos andaimes que rodeavam a agulha, a remoção de entulho e a descontaminação de 450 toneladas de chumbo, que em parte acabou na atmosfera.

Antes do incêndio, a catedral recebia quase 12 milhões de visitantes, 2.400 missas e 150 concertos por ano.

Fontes: Wikipédia e Correio do Povo

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