Começou na manhã desta sexta-feira, dia 25, e vai até o próximo domingo, dia 27, um encontro na Serrinha do Alambari, em Resende, que reúne personalidades para definir o propósito, a metodologia e o plano de negócios da Silo Escola, com previsão para inaugurar no início de 2023 (foto). O encontro conta com a mediação de Lívia Araújo, profissional com extensa experiência de mediação no meio corporativo, e poderá ser acompanhado pelas redes sociais da Silo – Arte e Latitude Rural.
O encontro tem o objetivo de construir um conjunto de diretrizes para guiar as práticas da Silo Escola como escola não formal. “A Silo existe porque o mundo mudou, acreditamos ser preciso transformar a percepção e criar estratégias de ação para garantir que haja de fato o futuro”, afirma a diretora da Silo, Cinthia Mendonça.
A organização é formada por uma equipe de mulheres que cria e difunde arte, ciência, tecnologia e agroecologia em zonas rurais e periféricas de preservação ambiental. Na Silo acontece experiências imersivas e práticas transdisciplinaridades gratuitas.
Elaborado em 2021, o projeto Silo Escola tem como objetivo a formação do sujeito com conhecimento e consciência cidadã. Uma escola livre, rural e transdisciplinar, criada para oferecer cursos de formação e oficinas de imersão para adultos, jovens e crianças, contando também com um laboratório escola que oferece experiências e desenvolvimento humano, trabalhando com arte, ciência, tecnologia e agroecologia.
Além da estrutura metodológica, o projeto de transformação do velho cassino na Silo-Escola tem como meta aproveitar as qualidades espaciais e materiais da estrutura que já existente e que atende às necessidades da entidade: um grande galpão multiuso para as atividades de imersão (aulas, oficinas, laboratórios, ateliers de trabalho, exposições temporárias, peças e concertos); uma biblioteca; espaços de convivência; quartos coletivos; uma grande cozinha aberta e quase 7 mil metros quadrados de terreno com rio e floresta.
Para o encontro foram convidados profissionais da educação e de outras áreas dos quatro municípios que compõem a Região das Agulhas Negras (Resende, Itatiaia, Quatis e Porto Real). Entre as personalidades estão o ex-secretário no Ministério da Cultura da Colômbia, Moisés Medrano, a jornalista e professora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Carla Almeida, e o jornalista da revista Piauí, Bernardo Esteves.
OBRAS PARA COLOCAR PROJETO EM PRÁTICA
Após a realização de uma campanha de fomento, realizada e concluída em 2021, a Silo – que atua na região da Serra da Mantiqueira e do Vale do Paraíba desde 2011 – ocupa desde o ano de 2017 e realiza suas atividades em um antigo cassino localizado no distrito resendense, e que estava abandonado. O espaço foi cedido à organização por meio de um comodato pela comunidade da Serrinha, tem 500 metros quadrados e dois andares, seis quartos, cozinha e um enorme galpão.
Com o tempo, a Silo percebeu que para continuar no local, precisaria de fazer manutenção e passar por uma reforma. No entanto, com suas próprias economias, a Silo conseguiu trocar o telhado dos quartos e reestruturar o banheiro do galpão. Ainda assim, ainda falta muita coisa.
A intervenção prevê a troca total do telhado do galpão e da testeira da fachada. Os banheiros do segundo andar serão reformados. O espaço ganhará um mobiliário adequado. A cozinha será reestruturada. Já os quartos terão o piso e mobiliário restaurados, adequando-os para hospedagens coletivas.
SOBRE A SILO
A Silo – Arte e Latitude Rural é uma organização da sociedade civil que cria, acolhe e difunde arte, ciência e tecnologia em zonas rurais, áreas periféricas e de preservação ambiental. A Silo acredita que a educação popular é importante porque reconhece as condições da vida, atua a partir da realidade, promove e organiza redes de apoio social que, neste momento, são fundamentais. É uma organização dedicada à pesquisa e à experimentação – em artes, ciência e tecnologia .
