
No dia 12 de março de 2013, começava no Vaticano o conclave, uma reunião dos cardeais eleitores de Igreja Católica Apostólica Romana para a eleição do sucessor do Papa Bento XVI, ocorrido entre os dias 12 e 13 de março. O conclave foi convocado na sequência da renúncia de Bento XVI, anunciada no dia 11 de fevereiro e efetivada no dia 28 do mesmo mês e ano. A previsão canônica do ato de renúncia está normatizada no Código de Direito Canônico (Cân. 332, § 2), que declara: “Se acontecer que o Romano Pontífice renuncie ao cargo, para a validade requer-se que a renúncia seja feita livremente, e devidamente manifestada, mas não que seja aceite por alguém.”
Segundo o Vaticano, o conclave de 2013 começaria de 15 a 20 dias após a renúncia de Bento XVI. No dia 16 de fevereiro, entretanto, o porta-voz da Igreja Federico Lombardi declarou que o Conclave poderia ser antecipado para a primeira quinzena de março, se todos os cardeais já estivessem presentes no Vaticano. Nos bastidores, comentava-se que uma disputa prolongada poderia arranhar a imagem da Igreja, já que a Páscoa poderia chegar sem que a instituição tivesse escolhido um novo líder. O conclave de 2013 foi presidido pelo cardeal Giovanni Battista Re.
A decisão de Bento em renunciar à liderança é inédita na era moderna, tendo a última vez acontecido quando o Papa Gregório XII o fez em 1415. O irmão do Papa, o sacerdote Georg Ratzinger, declarou na sua casa em Ratisbona, na Alemanha, que o médico de Bento XVI lhe havia recomendado não realizar viagens transatlânticas e que a sua dificuldade para caminhar iria acentuar-se. Posto isto, Georg Ratzinger afirmou que a decisão do seu irmão foi um processo natural.
No conclave os cardeais isolam-se na Capela Sistina para as votações e na Casa de Santa Marta (hospedagem) no Vaticano, permanecendo reunidos e incomunicáveis em regime de clausura até que seja eleito um novo Papa.

Independentemente da Ordem Cardinalícia a que pertençam e da sua ordem de precedência dentro do Colégio de Cardeais, cada Cardeal Eleitor tem direito a um voto. A precedência é usada para estabelecer a ordem dos Cardeais Eleitores nas procissões e a ordem pela qual estes votam nos escrutínios. Durante as votações não são permitidas abstenções, devendo os Cardeais Eleitores escrever no boletim de voto o nome do seu eleito, sendo recomendado que disfarcem a letra.
Após serem contados, os boletins de votos são cosidos (costurados) com uma agulha e posteriormente queimados na salamandra instalada na Capela Sistina, a partir da qual sai o fumo (negro em caso de votação inconclusiva e branco em caso de eleição) visível na Praça de São Pedro.
O resultado da votação saiu no dia 13 de março, quando foi eleito após cinco votações o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, o primeiro papa nascido na América, o primeiro pontífice do hemisfério sul, o primeiro papa a utilizar o nome de Francisco e o primeiro pontífice não europeu em mais de 1.200 anos.
Fonte: Wikipédia