No Dia de Hoje – 9 de março

No dia 9 de março de 1451, nascia em Florença, na Itália o mercador, navegador, geógrafo, cosmógrafo e explorador dos mares Américo Vespúcio (Amerigo Vespucci), que estava a serviço dos Reinos de Espanha e Portugal. Ele viajou pelo então Novo Mundo, escrevendo sobre estas terras que ficam a oeste da Europa.

Como representante de armadores florentinos, o mercador e navegador Vespúcio encarregou-se em Sevilha do aprovisionamento de navios para a segunda e a terceira viagens de Cristóvão Colombo. Supõe-se que tenha participado de incursões pelo Atlântico desde 1497. Em meados de 1499 passou ao largo da costa norte da América do Sul, acima do rio Orinoco, como integrante da expedição espanhola de Alonso de Ojeda, a caminho das Índias Ocidentais.

Vespúcio foi o primeiro a demonstrar que o Brasil e as Índias Ocidentais não representavam regiões periféricas do leste da Ásia, como inicialmente pensou Colombo, mas massas de terra totalmente separadas e até então desconhecidas do Velho Mundo. Coloquialmente conhecido como o Novo Mundo, este segundo super-continente passou a ser chamado de “América”, derivado de Americus, a versão latina feminina do primeiro nome de Vespúcio.

Américo pertencia a uma das famílias florentinas mais importantes, donas de grande extensão de terra fora da cidade. Fizeram fortuna no comércio da seda. Tinham palácio em Florença, muito bem situado, a noroeste, perto da Porta del Prato então chamada Porto della Cana, distrito de Santa Lucia di Ognissanti. Diversos membros da família haviam ostentado cargos importantes, por muitas gerações, em Florença.

O jovem Vespúcio estudou sob a direção de seu tio Jorge (Giorgio), que lhe falou de Ptolomeu e de Aristóteles, e provavelmente conheceu Toscanelli, o geógrafo florentino e comerciante que se correspondia com o rei de Portugal e com Cristóvão Colombo. Américo começou sua carreira em Paris, como secretário particular de um primo, Guidantonio Vespucio, que exercia como embaixador de Florença na capital francesa, e que depois se dirigiu a Roma e Milão com o mesmo emprego.

Posteriormente Guidantonio foi nomeado magistrado ou confaloniero chefe de Florença. Mas Américo começou a trabalhar para o novo ramo da família Medici que na ocasião dirigiam o jovem Lorenzo di Pier Francesco dei Medici, e seu irmão Giovanni (João). Viajou por causa do trabalho a distintas partes da Itália e visitou diversas vezes a Espanha, até se estabelecer em Sevilha no outono de 1492, quando Colombo já tinha partido em sua primeira viagem. Seguia trabalhando para os Medicis.

No ano seguinte colaborou com seu amigo Juanotto Berardi, que ajudava os Medici desde 1489. Segundo um dos biógrafos de Américo Vespúcio, sua ambição havia sido alentada pelo que Colombo tentara, e segundo ele não conseguira, isto é, chegar à Índia pelo oeste. Dessa forma, participou da expedição de Alonso de Ojeda entre 1499 e 1500, e aceitou o encargo de seguir o litoral do continente sul-americano, por ordem do rei de Portugal, entre maio de 1501 e o verão de 1502, quando percorreu o litoral brasileiro.

Em 13 de maio de 1501, a serviço do rei D. Manuel I de Portugal, partiu de Lisboa na expedição de Gonçalo Coelho constituída por três naus, cujo objetivo era investigar as potencialidades econômicas e explorar a recém-descoberta costa do Brasil. Munidos de um calendário litúrgico, começaram a batizar os lugares onde atracavam com nome de santos do respectivo dia. Em 16 de agosto alcançaram o cabo de São Roque, litoral do atual Rio Grande do Norte, e aos 28 dias do mesmo mês avistaram o promontório do litoral de Pernambuco já descoberto pelo navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón em 26 de janeiro de 1500, batizando-o como cabo de Santo Agostinho.

Em 1 de novembro de 1501 chegaram à reentrância denominada baía de Todos-os-Santos. Continuaram a percorrer a costa, até entrar a 1 de janeiro de 1502 na baía do Rio de Janeiro. Ainda naquele mês, atingiram Cananéia, ponto mais ocidental ao qual, em virtude do Tratado de Tordesilhas com a Espanha, poderiam aspirar os portugueses. E logo prosseguiram sua viagem rumo ao Rio da Prata.

Em 1503, Vespúcio retornou ao Brasil, desta vez comandando um navio da frota de Gonçalo Coelho, armada por cristãos-novos associados a Fernão de Noronha. Perdendo-se do resto da armada, carregou o navio de pau-brasil ao sul da baía de Todos os Santos e desembarcou em Lisboa em 18 de junho de 1504.

Em 1505, em Sevilha, naturalizou-se espanhol. De 1508 até à morte, foi o piloto-mor da Casa de Contratação das Índias. Integrava, com Juan de la Cosa, Vicente Yáñez Pinzón e Juan Díaz de Solís, a comissão de conselheiros reais que se reuniu em Burgos em 1505 e decidiu fundar a Casa de Contratação, criando os cargos de piloto-mor, geógrafo e cartógrafo. A nomeação de piloto-mor recaiu nele próprio que, como desejava o rei, deveria dividir seus conhecimentos com os pilotos espanhóis e convencê-los a usar métodos astronômicos para determinar a longitude quando no mar, em vez de estimativas vagas.

Como tal, ninguém poderia pretender pilotar naves nem cobrar salário de piloto, nem patrão algum poderia aceitá-lo a bordo, até que fosse examinado por Vespúcio, que lhe expediria ou não um certificado de aprovação. A popularidade trazida pelas narrativas de suas viagens converteu-o num dos autores mais vendidos à época. O cartógrafo Martin Waldseemüller quem primeiro nomeou o novo continente América, em sua homenagem.

Diz o autor de “Brasiliana da Biblioteca Nacional” em sua página 33: “É pela mão de Américo Vespúcio que as gentes brancas e nuas, bondosas e pacíficas, serão inicialmente apresentadas, pelos tipográficos europeus, aos curiosos de relatos fantásticos acontecidos nas Índias Ocidentais, mediante o primeiro texto impresso em Portugal, “Mundus Novus”, publicado em torno de 1503-1504, em que o autor nos relata, maravilhado: E se no mundo existe algum paraíso terrestre, sem dúvida não deve estar muito longe destes lugares. Morreu em 1512 em Sevilha, vítima de malária e foi enterrado na Abadia de Ognissanti, em Florença.

Foto: Reprodução/Internet

Fonte: Wikipédia

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