No Dia de Hoje – 2 de fevereiro

No dia 2 de fevereiro é celebrado em algumas cidades do Brasil o dia de Nossa Senhora dos Navegantes, título dado a Mãe de Jesus, Maria, sendo sincretizada nas religiões afro-brasileiras, sobretudo no Rio Grande do Sul e na Bahia, com a orixá Iemanjá.

A fé e a designação Nossa Senhora dos Navegantes têm início no século XV, com a navegação dos europeus, especialmente com os portugueses. As pessoas que viajavam pelo mar pediam proteção à Nossa Senhora para retornarem aos seus lares. Maria era vista como protetora das tempestades e demais perigos que o mar e os rios ofereciam.

A primeira estátua foi trazida de Espanha junto com os navegadores. Pedro Álvares Cabral trazia em sua nau capitânia uma imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança, sendo levada até a Índia, onde uma capela em sua homenagem foi erguida e ali ficou até o século XVII sob a guarda de franciscanos e sob mantença de descendentes de Cabral. Atualmente, a imagem está na Igreja da Sagrada Família, em Belmonte, Portugal. Nossa Senhora dos Navegantes é também conhecida pelo nome de Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Boa Viagem; Nossa Senhora da Boa Esperança e Nossa Senhora da Esperança.

Vetada por causa da pandemia, procissão em Porto Alegre/RS já reuniu milhares de pessoas (Fotos: Ricardo André Frantz)

A festa é celebrada em algumas cidades brasileiras pela Igreja Católica. Em Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul, a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes vai até o Porto de Pelotas. Em Porto Alegre, cidade de colonização açoriana, Nossa Senhora dos Navegantes foi declarada a padroeira da cidade. Todos os anos é realizada por lá uma procissão fluvial no Rio Guaíba, que reuniu em 2008 mais de 100 mil pessoas.

Hoje, por determinação impeditiva da Capitania dos Portos, a procissão é terrestre, levando a imagem desde a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, no centro da cidade, até a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes.

Já em cidades como Salvador, na Bahia, a celebração é realizada pelas religiões de matriz afro-brasileira como a Festa de Iemanjá, em homenagem à orixá. é uma das festas mais populares e valorizadas do ano e atrai uma multidão imensa de fiéis e admiradores às praias do Rio Vermelho e na ilha de Itaparica. A festa teria surgido quando a celebração do presente de Iemanjá no candomblé migrou do Dique do Tororó para o mar em 1924, e viria a substituir a tradicional festa de Sant’Ana, que ainda é celebrada pelos pescadores.

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