No Dia de Hoje – 13 de dezembro

Estátua de bronze do Rei do Baião está em frente ao Açude Velho de Campina Grande/PB

No dia 13 de dezembro de 1912, nascia em Exu, no estado da Paraíba, o cantor e compositor Luiz Gonzaga do Nascimento, conhecido como o Rei do Baião, foi considerado uma das mais completas, importantes e criativas figuras da música popular brasileira.

Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo (conjunto básico dos cantores de baião, que ele mesmo definiu), levou para todo o país a cultura musical do nordeste, como o baião, o xaxado, o xote e o forró pé de serra. Suas composições também descreviam a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino.

Luiz Gonzaga ganhou notoriedade com as antológicas canções “Asa Branca” (1947), “Juazeiro” (1948) e “Baião de Dois” (1950). Pai adotivo do músico Gonzaguinha, Gonzagão influenciou outros artistas da MPB como Geraldo Vandré, Gilberto Gil e Caetano Veloso.

Antes de ser o rei do baião, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. A partir daí começou a se interessar pela área musical. Depois da baixa do exército, Luiz pretendia voltar a Recife de navio. porém, recebeu ordens para permanecer no Rio até que a viagem (ainda sem data) acontecesse. Passava o tempo no quartel limpando e tocando sanfona. Um colega seu um dia lhe recomendou que fosse tocar no Mangue, zona de meretrício do Rio onde bares e ruas ficavam cheios de músicos.

Lá, Luiz fez sucesso e tornou-se amigo de Xavier Pinheiro, que o guiou pelo submundo das zonas do Rio. Estando decidido a se dedicar à música, Luiz escolhe permanecer no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde a rádio e a música aconteciam na época. Foi tocando em bares, cabarés e programas de calouros. Nessa época, tocava músicas de Manezinho Araújo (emboladas), Augusto Calheiros (valsas e serestas) e Antenógenes Silva (xotes e sambas), que o ensinou a tocar alguns tangos.

Para ganhar atenção no meio artístico, Luiz foi se apresentar nos dois principais programas de calouros da época no Brasil: Calouros em Desfile, de Ary Barroso, e Papel Carbono, de Renato Murce. Recebeu notas médias em ambos.

Por essa época, passou a frequentar uma república de jovens do Ceará (incluindo Armando Falcão, então futuro politico e Ministro da Justiça do governo Ernesto Geisel), onde se apresentava em troca de refeições. Um dia, Armando lhe perguntou por que ele não tocava músicas nordestinas, e foi a partir daí que Luiz passou a integrar canções de sua terra natal em suas apresentações, e percebeu uma resposta positiva do público. Até que, em 1941, de volta ao programa de Ary, foi vitorioso executando “Vira e Mexe”, com sabor regional, de sua autoria.

O sucesso da apresentação, presenciado pessoalmente por Henrique Foréis Domingues, valeu-lhe um contrato com a gravadora RCA Victor, pela qual lançou mais de cinquenta instrumentais. Sua primeira atuação em estúdio, contudo, foi como músico de apoio na canção “A Viagem de Genésio”, da dupla Genésio e Januário; o registro aconteceu em 5 de março de 1941. No dia 14 do mesmo mês, gravou seus primeiros discos de fato: “Véspera de São João” / “Numa Serenata” (ambas de sua autoria, sendo a primeira coescrita por Francisco Reis) e “Saudades de São João del Rei” / “Vira e Mexe” (a primeira por Simão Jandi, o Turquinho). Ambos foram sucesso entre o público e a crítica.

Mais tarde, Luiz buscou um parceiro para ajudá-lo a escrever as músicas que cantaria. Tentou primeiro Lauro Maia Teles, mas este não se sentia adequado para o posto e acabou lhe indicando Humberto Teixeira, que viraria, efetivamente, seu parceiro. Com ele, compôs 27 músicas entre 1947 e 1952. Outros parcerias notáveis foram a com o médico Zé Dantas, que rendeu 46 composições, entre elas “A Dança da Moda” e “O Xote das Meninas”; e a com João Silva, que rendeu mais de 30 canções.

Fotos: Reprodução

Fonte: Wikipédia

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