No Dia de Hoje – 22 de janeiro

Brizola durante campanha à presidência da República de 1989, ao lado de Beth Carvalho (à esquerda) e da mulher, Neusa Goulart (Foto: Divulgação/PDT)

No dia 22 de janeiro de 1922 nascia em Carazinho/RS o engenheiro e político Leonel de Moura Brizola. Filho de camponeses, foi um dos fundadores do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no Rio Grande do Sul, tornando-se deputado estadual em 1946, quando iniciou sua trajetória na vida pública. Brizola comandou a Campanha da Legalidade, em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros, e que assegurou a posse do então vice de Jânio, João Goulart.

Durante a ditadura militar, ficou exilado no Uruguai, mas voltou ao Brasil em 1979, depois da Lei da Anistia. Em 1982, foi eleito governador do Rio de Janeiro, feito que repetiu em 1990. Dentre as realizações de seu governo, Brizola construiu mais de 500 escolas de tempo integral, os CIEPs, conhecidos até hoje por Brizolões.

Concorreu à presidência da República no ano de 1989, já pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), ficando em terceiro lugar no primeiro turno, em eleição vencida por Fernando Collor. No ano de 1994, foi candidato a vice-presidente da chapa de Lula (PT), que terminou em segundo lugar, atrás de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Marcaram a carreira de Brizola os desentendimentos que teve com grandes monopólios da comunicação, em especial com a Rede Globo. Ele acusou o grupo de participar do caso Proconsult, que visava impedir sua vitória na eleição para governador do Rio de Janeiro em 1982.

Em 1984, quebrou o monopólio da emissora nas transmissões de carnaval e, durante a eleição presidencial de 1989, se sentiu sabotado pela organização após esta ter veiculado acusações pessoais contra ele em rede nacional. Em 1992, Roberto Marinho, em um editorial, chamou-o de “senil”, resultando em direito de resposta a Brizola no Jornal Nacional, que foi lido por Cid Moreira, dois anos depois.

Brizola morreu na noite do dia 21 de junho de 2004, após apresentar infecção intestinal e forte gripe, que acarretou em uma infecção respiratória (pneumonia) e um infarto agudo do miocárdio. Atualmente, três netos seguem na política defendendo suas ideias: Brizola Neto (PDT) foi deputado federal pelo Rio de Janeiro e ministro do Trabalho no governo Dilma; Leonel Brizola Neto (PSOL) foi vereador do Rio de Janeiro; e Juliana Brizola (PDT) foi vereadora de Porto Alegre e deputada estadual do Rio Grande do Sul.

HOMENAGEM
Na última quarta-feira, dia 19, Brizola foi homenageado em evento que celebra seu centenário, promovido pela Prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com a Associação Leonel Brizola e a Produtora Caliban, no Palácio da Cidade, em Botafogo. O evento contou com a participação de autoridades como o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), que falou sobre o político que governou duas vezes o estado do Rio.

– Este é um momento histórico. Brizola é o único político no Brasil que foi governador de dois estados, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. É uma honra rever a história e lembrar da opção de Brizola pela educação, pelas mulheres, pelos negros, pelo provo brasileiro em geral. Brizola é inspirador. Viva Brizola! – afirmou Ceciliano.

Em breve, Brizola ganhará um documentário sobre a sua trajetória, produzido pelo cineasta Silvio Tendler. Ele apresentou trecho do filme e destacou a importância de se revisitar a trajetória deste político que ajudou a construir a história do Brasil. “Precisamos restabelecer a cultura em nosso país. O filme sobre Brizola não será nostálgico e sobre o passado, mas sim uma construção sobre o futuro. Queremos mostrar como é possível construir um estado do bem estar social”, explicou o diretor.

Fontes: Wikipédia e Alerj

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