No dia 16 de setembro de 1947, o diplomata brasileiro Osvaldo Aranha assumiu o cargo de presidente da Assembleia Geral da recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU). Nascido em Alegrete/RS em 15 de fevereiro de 1894, ganhou fama nacional em 1930, durante a gestão do primeiro governo de Getúlio Vargas. Amigo do então presidente, foi o grande articulador da campanha da Aliança Liberal nas eleições, agindo nos bastidores para organizar o levante armado que depôs Washington Luís e tornou realidade a Revolução de 1930.
Aranha negociou com a Junta Governativa Provisória de 1930, no Rio de Janeiro, a entrega do governo a Vargas. Posteriormente, foi nomeado ministro da Justiça e, em 1931, ministro da Fazenda. Neste cargo promoveu o levantamento de empréstimos que os estados e municípios haviam contraído no exterior, no período anterior a 1930, tendo em vista a consolidação global da dívida externa brasileira.
Alijado do processo político para a escolha do interventor em Minas Gerais, Osvaldo Aranha pediu demissão do cargo em 1934. No mesmo ano, aceitou o cargo de embaixador em Washington e sempre em defesa das relações brasileiras com os Estados Unidos, se tornando amigo pessoal do presidente Franklin Delano Roosevelt. A 20 de janeiro de 1934 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada de Portugal. Demitiu-se do cargo de embaixador por não aceitar os caminhos que o Brasil traçara com a declaração do Estado Novo, em 1937
Anos mais tarde, em 1947, tornou-se chefe da delegação brasileira na ONU e presidiu a II Assembleia Geral, que votou o Plano da ONU para a partição da Palestina de 1947, criando assim o Estado de Israel, fato que rendeu a Aranha eternas gratidões de judeus e sionistas (que lutaram pela criação de Israel) por sua atuação. Por seus esforços na situação palestina, também foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz de 1948, que acabou não sendo concedido a ninguém naquele ano.
Fonte: Wikipédia