Santas Casas do país receberão auxílio através de MP do Governo Federal

Saldanha (à esquerda), ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga: “Custeio dá um respiro neste momento delicado”. (Foto: Divulgação/Femerj)

Em reunião realizada nesta terça-feira, dia 25, entre a Confederação das Santas Casas e Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e lideranças de 17 Federações de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de várias partes do país com representantes do Governo Federal em Brasília, foi anunciado que a União repassará, por medida provisória, R$ 2 bilhões para as Santas Casas e hospitais filantrópicos, auxiliando as instituições no enfrentamento à Covid-19 e atendimento de demais enfermidades. A expectativa é que a MP seja editada nos próximos dias.

Um dos presentes ao evento, o diretor da Santa Casa de Resende, Luiz Eduardo Saldanha, que também representou a Federação das Misericórdias e Entidades Filantrópicas e Beneficentes do Rio de Janeiro (Femerj) como integrante do Conselho Fiscal, falou sobre o repasse dos recursos.

– A reunião foi proveitosa e nós, do setor da saúde, especialmente do setor das santas casas e hospitais filantrópicos, sabemos das dificuldades do Governo Federal, mas pudemos demonstrar a necessidade de recursos para prestação de serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto não há o reajuste da tabela do SUS, este custeio extraordinário dá uma respiro neste momento delicado.

Saldanha acrescenta que os hospitais estão gastando muito para manter o pleno funcionamento e precisaram investir em mais pessoal, e tanto o preço quanto a demanda por insumos aumentou em cerca de 40%. “Então, a audiência provida pela CMB conseguiu seu objetivo que era a busca por recursos complementares aos prestadores de serviços ao SUS. Me sinto honrado por ter representado a Femerj neste momento importante”, completa.

Durante o encontro, o presidente da CMB, Mirocles Véras levou à Presidência a discussão sobre a sustentabilidade da área filantrópica, tendo em vista a alta demanda dos hospitais no atendimento à Covid-19, somada a outros tipos de casos, além dos impactos da elevação nos preços de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual), insumos e medicamentos.

Outra questão abordada na reunião pontuou o cenário pós-pandemia, com a demanda represada por consultas, exames e cirurgias adiadas no atual momento. A saúde filantrópica é responsável por mais de 50% de atendimento da média complexidade dos SUS (Sistema Único de Saúde) e mais de 70% da alta complexidade.

– Sem esse recurso extraordinário os hospitais filantrópicos não teriam como continuar os atendimentos aos pacientes Covid-19, com o crescente número de casos e o aumento de custos, seja para aquisição de insumos e medicamentos, além da grande preocupação com a demanda reprimida de demais doenças e tratamentos que virão. O Governo Federal foi receptivo ao nosso pleito, reconhecendo a importância destas instituições e o protagonismo que assumem em defesa do SUS em nosso país”, conclui – falou Véras.

Por parte do governo federal, estiveram presentes também o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. Representando a Câmara, estavam presentes os deputados Antonio Brito (que preside a Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos), Pedro Westphalen, Luizinho, Carmem Zanoto, Pinheirinho, Jerônimo Goergen e o líder do Governo, Ricardo Barros. A reunião teve ainda a presença do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

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