Pandemia também será abordada em exercício simulado da Aman em Quatis e Porto Real

Entre os dias 15 e 27 deste mês, a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) realizará sempre das 9 às 19h, um exercício militar simulado na região de Quatis e Porto Real. Diferente do que vinha acontecendo até o ano passado, devido ao elevado número de casos de contágio pelo coronavírus, a Aman precisou adaptar o evento à realidade sanitária enfrentada em todo o planeta, como destaca o chefe da Seção de Instruções Especiais da Aman, Major Kauê Menezes Chagas.

– A ação como um todo contará com quase 350 militares, mas devido a situação da pandemia o exercício foi planejado para que não mais que 80 militares estejam ao mesmo tempo na cidade pra evitar aglomeração e respeitar as medidas de proteção e isolamento do covid estabelecidas pelo poder público. Cabe ressaltar que a academia segue regras rígidas de isolamento e de controle de seus cadetes de maneira que conseguimos manter as nossas atividades e consigamos conduzir essa operação sem nenhum risco, nem aos cadetes nem a população local – explica o oficial, responsável pela condução do estágio de operações contra forças irregulares para cadetes do quarto ano.

A ação – que tem por objetivo preparar os futuros oficiais do Exército Brasileiro para operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), quando as Forças Armadas podem ser empregadas em eventos internos, como em questões de segurança pública ou em situações em que somente o emprego tradicional da polícia não é o suficiente – também terá a inclusão da crise ocasionada pela pandemia entre as situações de enfrentamento para os cadetes. “Inserimos nessa ação criada a pandemia, representando o que acontece hoje em dia. Mesmo em crise, o Exército Brasileiro, que é constituído para defender a pátria, não pode-se privar de dar atenção a população em um cenário desses de crise, que é o combate a covid. Ele vai estar treinando num combate simulado em que vai se deparar depois de formado”, cita o major, explicando como funciona o simulado.

– Esse exercício é um combate simulado no contexto diferente do conflito que estamos acostumados a observar. É um conflito interno onde o inimigo que estamos simulando enfrentar não é um Exército regular e sim forças irregulares que podem ser organizações criminosas, de narcotraficantes ou terroristas, que realizam ações ilícitas nocivas a população local, e se utilizando dela para sobreviverem, expandirem e ampliarem suas ações ilícitas. Por isso a importância de se realizar esse simulado em um ambiente urbano – explica o oficial, que é responsável pela condução do estágio de operações contra forças irregulares para cadetes do quarto ano.

O major explica que nas regiões abrangidas pelo exercício, serão realizadas simulações de operações militares de patrulhamento, postos de bloqueio de vias urbanas e blitzes que visam o treinamento de maneira mais real. Além dos militares, também serão empregadas oito viaturas de grande porte, e haverá a participação do 37º batalhão de Polícia Militar e a 100ª DP (Porto Real), que apoiarão o exercício, além das prefeituras dos dois municípios. O oficial também pede a compreensão dos moradores dos municípios visitados e que divulguem aos familiares e amigos sobre a operação de simulação.

– Sendo assim gostaríamos de alertar a população que ocorrerá disparos de festim, além de conduções de presos dentro do contexto da situação, com blitz e patrulhamento. Por isso pedimos que todos divulguem nossa ação para os amigos e familiares a fim de que não causar nenhum transtorno ou surpresa a população que irá nos receber tanto em Quatis quanto em Porto Real – completa o major.

Fotos: Divulgação

Você pode gostar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O limite de tempo está esgotado. Recarregue CAPTCHA.