Defesa Civil de Itatiaia alerta para risco de cabeças d’água nas cachoeiras

Há exatos dois anos, uma tragédia marcou o verão em Itatiaia. Duas pessoas foram encontradas mortas após a formação de uma cabeça d’água na tarde do dia 20 de janeiro de 2019, no local conhecido como Paraíso Perdido, que fica no trajeto do Parque Nacional do Itatiaia. A moradora de Resende, Júlia Machado Miranda, de 18 anos, e José Soares, de 55 anos, foram vítimas de um fenômeno que costuma ocorrer quando chove na cabeceira (nascente) de um rio ou cachoeira, ampliando rapidamente seu fluxo e a subida do nível das águas em poucos segundos.

Além disso, em apenas um mês, entre dezembro e janeiro, foram registradas, durante o dia, quatro cabeças d’água em ribeirões e cachoeiras do município. Com as tempestades de verão, a Defesa Civil de Itatiaia reforça o alerta sobre a ocorrência do fenômeno.

Para evitar acidentes, a Defesa Civil orienta aos visitantes sobre alguns cuidados importantes que devem ser tomados. Uma das principais orientações é para que ao primeiro sinal de chuva os banhistas não entrem ou não permaneçam em rios, cachoeiras e lagos. A orientação também serve para praias e piscinas. Outra recomendação fundamental na hora de identificar os primeiros sinais de uma cabeça d’água é a mudança da cor da água no rio. Quando a água está limpa e de repente vai mudando de cor e ficando mais barrosa e suja, pode sim um indício, assim como a presença repentina de galhos e folhas na água. Outro sinal é o aumento muito rápido do volume da água.

Além desses sinais, a Defesa Civil também alerta para outros cuidados:

– Outros cuidados devem ser tomados aos sinais de chuva. Pode haver uma incidência de raios e por conta disso os banhistas devem evitar ficar debaixo de árvores que possam atrair esses raios. Vale lembrar que ventos fortes podem levar a queda dessas árvores também. É fundamental que procurem se abrigar em um local seguro.

– A Defesa Civil orienta aos visitantes que utilizem as cachoeiras de forma consciente, como por exemplo, evitar mergulho em regiões desconhecidas, diante da possibilidade de pedras e buracos abaixo da lâmina d’água que podem o dificultar a saída do local.

– A atenção com as crianças e com os idosos também deve ser reforçada, por conta do risco de afogamentos e acidentes. Nesses casos é recomendável que não fiquem sozinhos, nem por um segundo e sejam supervisionados de forma constante por um adulto.

– Entrar na água após o consumo de bebidas alcoólicas também deve ser evitado, assim como com objetos que possam desviar a atenção.

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