Manifesto de Um Cidadão Quatiense
Como é do conhecimento de todos, recentemente Quatis passou por uma situação política totalmente descabida e inusitada. Então, quero expressar aqui a minha indignação perante a “armação” promovida pelos politiqueiros e enganosos representantes do povo, que se julgam os donos do poder e travam a governabilidade, prejudicando a tudo e a todos. E também é fato que eles são adeptos e remanescentes de um sistema de governo centralizador e deturpado, que implantou um processo generalizado de maldade, perseguições e retaliações. Em consequência, interferem com a manutenção da democracia e da paz em nossa cidade.
Infelizmente, no Brasil em geral, prevalecem a corrupção e a impunidade. Mas pelo menos em Quatis, agora sabemos quem é quem; conhecemos aqueles que não querem abrir mão do poder e fazem de tudo a fim de garantirem seus interesses obscuros, principalmente a partir da eleição de 2008. Esses sim, depois, devem ser descartados e ignorados.
A tentativa de golpe foi frustrada e chegou o momento de o povo confirmar a reconquista de seus direitos e deveres; trabalhar e permitir que trabalhem para que o município seja bem governado e por pessoas capazes, corretas, decentes e dignas, que representam verdadeiramente nosso povo e nossa terra, de acordo com a vontade popular manifestada na última eleição. Assim, Quatis terá o merecido desenvolvimento e a população pode manter sua rotina civilizada com tranquilidade, havendo paz e harmonia entre todos os segmentos.
E no próximo pleito eleitoral, em 2016, conhecendo a estrutura geral e as reais condições políticas e sociais; sabendo quais são os politiqueiros, interesseiros e que jogam sujo; tendo noção de que as ameaças são infundadas e normalmente impraticáveis, podemos rejeitar aqueles já manjados e manchados e eleger pessoas realmente compromissadas com os princípios básicos de cidadania e dignas de nos representarem, e competentes para administrarem devidamente o nosso município. Que assim seja.
José Máximo
Sra. Editora,
Chamo-me Ranife Viana, cidadã e mãe de um pequenino de apenas 1 ano e 10 meses.
Toda a equipe disciplinar da creche trabalham a finco em busca de uma ótima qualidade de ensino. Quando falo de toda equipe, me refiro à tia da lavanderia, da limpeza, da cozinha, da secretaria, as demais professoras que não dão aula para o meu filho e em especial a Diretora, pois sem ela para administrar as questões e absorver a responsabilidade maior pela ocupação que possui nada vai pra frente. O carinho, dedicação, o cuidado com todas as crianças está visível em cada profissional. Sou muito observadora e já percebi no dia a dia, em festinhas comemorativas o quanto elas amam e querem bem a todas as crianças lá presentes.
Agora temos que ser realista! Muitos pais simplesmente “jogam” seus filhos na creche e querem que os educadores façam o trabalho inerente aos próprios. Ou seja, querem que as educadoras dêem educação para os seus filhos. Creche é lugar de se aprender educação? Sim também é, mas não a educação básica e primordial, valores que aprendemos no berço de nossas famílias. O que muito se vê hoje em dia é falta de educação, de respeito, abandono, perversidade e principalmente falta de consideração. A educação de berço é de obrigação dos pais darem aos seus filhos. Não é obrigação da creche, escola (funcionários), ensinar conceitos que são inerentes aos próprios pais. Que são responsáveis pelos seus adoráveis pequeninos, até mesmo porque em uma sociedade tão adversa, o que é um valor muito importante para mim como a gentileza, outros nem sabem o que significa e não sabendo nem o que é como vai colocar em prática? Mas alguns desses valores, as palavrinhas mágicas são apresentados e acrescidos em reuniões. Só que considero um absurdo o responsável que precisa ouvir e aprender me parece que nunca deve estar presente.
Uma pessoa que por 20 anos foi diretora de escola, creche, espera-se que tenha o pulso firme, competência, determinação e experiência para desenvolver o trabalho excepcional que se dedica com todo o seu amor.
Enfim, a educação é muito mal remunerada, não só no âmbito Resende e sim em todo o país. Os educadores são muito importantes, pois irão formar o indivíduo responsável de amanhã. Hoje em dia para trabalhar com a educação só por muito amor à profissão mesmo. Ganhar pouco e ter reconhecimento, ou não ter tanto aborrecimento até que é gratificante, mas trabalhar demais dar de tudo pela escola, creche… E só ter aborrecimentos acaba desestimulando qualquer um. Mas diante isso tudo vejo que todas as tias (sem nenhuma exceção), trabalham com o coração. Realmente amam o que fazem e quando se ama o que faz não se fere ninguém!
Gosto muito e confio na creche que meu filho é matriculado, não só eu como vejo que ele ama suas professoras e já percebi manifestações de carinho de todas as tias, inclusive de outras salas. E afirmo que ele continuará matriculado até quando sua idade não puder mais. Porque nessa creche cuidam muito bem do meu filho, aliás, de todas as crianças e elas aprendem com amor, carinho, dedicação, responsabilidade…
Por isso que resolvi escrever, para explicar um pouquinho da realidade da Creche Municipal Dr. Uchôa, porque pra falar mal, tem um monte de pessoas, agora ressaltar as coisas boas, poucas pessoas são capazes de sentar diante de um computador e redigir um texto como eu fiz.
AGRADEÇO DE CORAÇÃO toda a equipe docente da Creche Municipal Dr. Uchôa E DEIXO AQUI UMA MENÇÃO HONROSA A TODA A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.
Com votos de FELIZ PÁSCOA!
Atenciosamente,
Ranife Viana
Caríssimos e caríssimas leitoras preocupados com as manchetes sobre como o ENEM avalia mal as redações…
Conheço e respeito muito a trajetória profissional multifacetada do prof. Jacson Andrade. Recorro a ele em várias situações, justamente pelos conhecimentos que tem. Somos companheiros de partido e torci muito pela sua eleição à vereança. Posso até afirmar que fiz campanha para isso. Mas não posso concordar com a análise que fez, no número anterior do BEIRA-RIO, do que seriam “erros do ENEM”.
Consciente de que remo contra a maré (tenho essa vocação), afirmo categoricamente: nada houve de errado nas correções que ganharam a mídia chiliquenta, que conta com o espírito pouco crítico da maioria dos leitores.
Quanto às redações que receberam pontuação 1000 mesmo com erros como “trousse” e “enxergar”… podemos lembrar que isso decorre de legítima estratégia de correção previamente definida. Um concurso público, ou o de ingresso à EsPCEx desconta a cada erro encontrado, digamos, 0,2 pontos. Assim, não faria sentido nota máxima para um texto que contenha qualquer erro. Ponto. Mas a correção do ENEM se dá por uma grade de pontuação que se divide em cinco competências, cada uma com seis graduações, de 0 a 200 pontos, divididos a cada 40 pontos. Ou seja, é perfeitamente possível que o corretor entenda que um texto, mesmo com um ou outro erro de ortografia esteja mais próximo, na competência Gramática, da pontuação 200 do que da 160. Os grandes vestibulares fazem assim. Além disso, embora sejam erros graves, em nada (repito: em nada) prejudicam o que se pretendeu comunicar. Ou seja, afirmar que são erros escandalosos é uma escolha, não o reconhecimento de um fato. E entendo que seja uma escolha infeliz, preconceituosa, elitista.
Quanto à redação com a receita de Miojo, foi dito, mas não devidamente considerado que a pontuação foi, no total, de 560. O prof. Jacson chamou isso de “absurdo das notas boas”. Notas boas onde, companheiro? A redação foi sim punida, e muito punida. Essa pontuação praticamente exclui o candidato de qualquer vaga minimamente concorrida. Meus alunos, nas minhas mais de vinte turmas, sabem que é mais fácil tirar 6, do que a mamãe achar o filho bonito. Como zerar esta redação se não incorreu nas falhas que previam isso: fuga total do tema ou desrespeito aos direitos humanos? No critério respeito ao tema a redação foi bastante punida, mas os outros critérios da grade dizem respeito a outras preocupações.
Quanto ao texto que trazia um trecho do hino do Palmeiras, reparemos que a pontuação a ele atribuída foi 500. Ou seja, a redação foi ainda mais punida que a analisada no parágrafo acima. Considerando-se o já exposto sobre a grade de correção, alguém pode me explicar melhor onde está a falha do ENEM?
Por que somos tão suscetíveis a essas manchetes? Entre as várias explicações, porque ao criticar os outros nos sentimos superiores. Ao ver erros no mundo, sentimos que nossos erros não são assim tão errados. Assistimos ao Big Brother para, no ridículo ou na desgraça alheia nos sentirmos menos incomodados com a nossa própria mediocridade. Prestamos atenção na largada da Fórmula 1 porque ali reside o maior índice de acidentes. Somos incoerentes quando choramos tanto a morte de Senna? Sim. Nem lembramos que um dia antes, nos treinos, morreu o piloto Roland Ratzenberger, e que só a família dele se comoveu. Mas isso já é outra história.
Luciano Gonçalves da Silva