MPF e PF investigam ex-parlamentar acusado de corrupção no Into

O Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF) e e a Receita Federal (RFB) cumprem nesta quarta-feira, dia 9, oito mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais no Rio de Janeiro (RJ) e em Brasília (DF). A ação faz parte da Operação Talha, um desdobramento das operações Fatura Exposta e Ressonância, com o objetivo de investigar esquema de corrupção no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), entre 2016 e 2018, bem como atos de lavagem de dinheiro que ainda persistem.

Provas obtidas pela Polícia Federal e pelo MPF, ao fim de 2016, apontam que um dos investigados é o ex-deputado federal Francisco Floriano (DEM), que valendo-se da condição de deputado federal, passou a deter o comando do hospital público e, em razão de seu cargo, solicitou e recebeu vantagens indevidas de empresários que tinham interesse em obter facilidades e proteção nos contratos com o Into. As investigações se iniciaram perante o Supremo Tribunal Federal (STF), mas com o término do mandato do ex-parlamentar, o processo foi remetido à 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.

Na primeira instância, foram encontradas provas a respeito de atos de lavagem de dinheiro praticados até recentemente. A análise dos dados bancários e fiscais dos investigados apontou para o recebimento de transferências bancárias suspeitas, de depósitos em espécie com características de fracionamento e pagamentos de boletos de despesas pessoais do agente público por meio de terceiros.

BLOQUEIO DE BENS E VALORES
Atendendo a pedido da Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, a 7ª Vara Federal determinou o bloqueio de valores de até mais de R$ 1,7 milhão. Na decisão judicial, foram considerados os seguintes montantes: R$ 150 mil, valor em tese recebido a título de propina pela influência no Into; R$ 360,8 mil em depósitos realizados por ex-assessor na conta bancária de Floriano, entre o período de dezembro de 2016 a dezembro de 2018, sem motivação aparente; R$ 134.268,00 em depósitos realizados pela irmã na conta bancária do ex-parlamentar, entre o período de dezembro de 2016 a julho de 2018, sem motivação aparente; R$ 241.332,21 é o total das despesas pessoais do ex-deputado pagas por ex-assessor, entre o período de março de 2017 a junho de 2020 e que podem configurar dissimulação de capital.

Segundo o MPF, o juiz ainda determinou o bloqueio de quantia equivalente aos valores dos ilícitos a título de reparação de danos morais, tendo em vista o prejuízo para a coletividade.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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