Produtores rurais e o coronavírus no estado do Rio de Janeiro

Depois do aumento de casos no interior do estado e do Ministério Público verificar as poucas orientações dos produtores rurais, a Secretaria de Estado de Agricultura do Rio de Janeiro lançou dia 14/08, uma cartilha voltada para produtores rurais na tentativa de evitar a disseminação do vírus no campo.
O Ministério Público, por meio da Força-Tarefa de Atuação Integrada na Fiscalização das Ações Estaduais e Municipais de Enfrentamento à COVID-19 desde junho junto à Fiocruz e secretários municipais e secretaria de estado de Agricultura vem analisando formar de reduzir os impactos do coronavírus nas áreas rurais.
Em março, a Emater distribuiu e divulgou material sobre higienização para os produtores rurais, mas nenhuma ação mais específica foi realizada o que foi tema de reuniões que demonstraram a necessidade de criar e implementar protocolos específicos e integrados, entre saúde, agricultura e assistência social para tentar conter o avanço da Covid19 no interior.
A cartilha traz informações específicas de cuidados na colheita, plantação, manuseio dos alimentos como verduras e legumes e também na hora de transportar e comercializar os produtos e também de não compartilhamento de ferramentas e equipamentos de colheita como peneiras, lonas e sacarias.
— É muito importante que os produtores rurais adotem essas orientações. As equipes técnicas da Emater espalhadas por todo o Estado do Rio de Janeiro estão trabalhando sem parar para potencializar essas informações em todos os municípios. Enquanto vários segmentos estão em crise por causa da pandemia, a agricultura segue firme, mas sempre atenta em manter os cuidados com a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas do campo, disse a presidente da Emater, Stella Romanos, em nota divulgada pela Secretaria de Estado de Agricultura.
Para ter acesso à cartilha clique aqui: https://bit.ly/3kHR94u

 

Auxílio emergencial para os produtores

Os cuidados para evitar o vírus é apenas um dos problemas dos produtores rurais, em especial dos pequenos produtores e daqueles que se dedicam à agricultura familiar. A questão econômica e a falta de medidas por parte do governo federal e dos governos municipais reduziram a renda de muitas famílias. Depois de quase cinco meses de tramitação no Congresso Nacional e pressão dos movimentos populares do campo, como o MST entre outros, a proposta que prevê a concessão de um auxílio emergencial a agricultores familiares durante a pandemia foi aprovada no início do mês de agosto.

O beneficio emergencial será no valor de R$ 3 mil, que deverá ser pago em cinco parcelas de R$ 600 reais aos trabalhadores. A medida valerá para aqueles que não tiverem sido contemplados pelo auxílio já aprovado anteriormente e pago pelo governo. As agricultoras que são provedoras de família terão direito a duas cotas, ou seja, R$ 6 mil. O prazo para o presidente Bolsonaro sancionar a PL 735/2020 que institui o auxílio emergencial termina no próximo dia 20.

 

 

Foto de capa: Jefferson de Paula Dias Filho/CUT

 

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