Não é só uma gripezinha! Casos de Covid-19 triplicam em 24 horas no país

Ao contrário do que alguns pensavam, o novo coronavírus (Covid-19) não pode ser mais encarado como uma simples “gripezinha” ou “resfriadinho” como foi falado na imprensa pelos defensores do fim do distanciamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Pela primeira vez desde o registro do primeiro caso de paciente com o novo coronavírus, em 26 de fevereiro, o Brasil bateu recorde no número de casos confirmados de pessoas com a doença. Segundo dados registrados pelo Ministério da Saúde no final da tarde desta terça-feira, dia 31, o número de novos casos no país triplicou nas últimas 24 horas desde a chegada da pandemia (1.138 casos contra os 323 registrados na segunda-feira, dia 30).

Com os números do último levantamento, o Brasil registra 5.717 casos da doença. O número de pessoas que morreram com a Covid-19 também deu um salto, passando de 159 para 201. O epicentro da doença segue sendo o estado de São Paulo, com 2339 casos confirmados e 136 mortes (em apenas um dia foram 23 mortes), seguido do Rio de Janeiro, com 708 casos e 23 mortes. O governo do Rio também criou uma nova plataforma com os dados sobre os casos no estado.

A estatística mostra que os países e regiões que não tiveram a preocupação de levar a sério as medidas de distanciamento social hoje sofrem de forma traumática as consequências. Foi o que aconteceu com a Itália, em especial a região da Lombardia, onde se concentra o epicentro do Covid-19. O levantamento do país europeu nesta terça-feira, dia 31, contabilizou mais de 105 mil casos confirmados, com mais de 12 mil mortes, sendo a maioria em Milão e arredores.

Mas no Brasil, as medidas de distanciamento social promovidas por governadores e prefeitos e a propaganda que recomenda a população a fazer a higiene das mãos e objetos de uso pessoal, entre outras medidas, procuram amenizar a curva de crescimento dos casos e mortes, já que o vírus tem velocidade de contágio maior do que outros tipos de vírus como o da Influenza (gripe), e vem intrigando os pesquisadores também pelo aumento do registro de casos mais graves e de internação em jovens sem comorbidades (doenças pré-existentes).

Um estudo feito por universidades em todo o planeta aponta que esse é o meio mais eficaz para “achatar” a curva e retardar o pico da epidemia, evitando um colapso no sistema de saúde.

Ainda assim, o mês de abril ainda registrará aumento nos casos da doença no país (em alguns dias podendo bater novos recordes). Na Região Metropolitana de São Paulo, um estudo preliminar da Universidade de Brasília (UnB) divulgado pela imprensa no último dia 15, apontou que cerca de 1,3 mil pessoas seriam infectadas em um mês e 30 mil em dois meses.  E no estado do Rio de Janeiro, uma estimativa inicial feita dia 16 pela Defesa Civil Estadual indicava que o número de casos poderia chegar a 24 mil em 30 dias caso as medidas impostas pelo governo não sejam respeitadas (na estimativa mais otimista, esse número pode cair para 4 mil).

Por isso, o jornal BEIRA-RIO reforça os pedidos para que todos fiquem em casa, seguindo as recomendações dos governos e órgãos de saúde, e saiam somente se for necessário. Além disso, lavar as mãos e fazer a higienização dos objetos em casa e de roupas, calçados e bolsas ao retornar para casa também é importante.

Fotos: Reprodução

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