Explosão em setor da CSN deixa 21 funcionários intoxicados

Receberam alta do Hospital de Clínicas de Volta Redonda no início da tarde desta quarta-feira, dia 15, os 21 funcionários que ficaram intoxicados após uma explosão registrada no setor de aciaria da CSN, no bairro Vila Santa Cecília.

Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, o acidente aconteceu no local onde o ferro-gusa é transformado em aço. No momento da explosão, foi possível ouvir um barulho de estouro, no início da manhã. Além disso, dava para ver no céu uma grande nuvem de fumaça saindo da siderúrgica.

Em nota divulgada à imprensa, a CSN disse que a explosão foi provocada por uma reação que provocou um deslocamento de ar durante a retirada de escória da panela de aciaria, e os funcionários que estavam no local inalaram pó. Eles foram encaminhados para o hospital, onde ficaram em observação até o início da tarde.

– A CSN informa que o incidente registrado hoje ocorreu durante atividade de transferência de escória líquida que, provavelmente, teve contato com pontos de umidade no interior do pote de descarte. Este contato gerou deslocamento de ar, proporcionando grande desprendimento de poeiras no setor – acrescentou a empresa.

Ainda de acordo com a CSN, nenhum equipamento relevante foi afetado e a produção da aciaria já está normalizada, que todos os órgãos competentes foram informados, e que a empresa está investigando as causas do acidente.

Em apenas um ano, este foi o quinto acidente na empresa siderúrgica de Volta Redonda. O caso mais grave aconteceu no dia 14 de agosto de 2018, quando o funcionário Daniel Silvério Bragança, de 34 anos, teve 85% do corpo queimado durante uma atividade de manutenção na área de laminação a frio. Ele chegou a ser transferido de avião para um hospital especializado em São Paulo, mas morreu dois dias depois.

Neste ano, foi a segunda vez que um acidente semelhante foi registrado. No dia 30 de março, sete funcionários foram levados ao hospital após inalar fumaça no setor da aciaria. Dois trabalhadores precisaram ficar internados, mas receberam alta dias depois.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

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