Resende é sede de encontro de doulas: saiba mais sobre essas profissionais

População pouco ou nada conhece sobre papel das doulas, segundo organizadoras do evento

Atualizado às 11h

Na véspera do Dia das Mães, acontece em Resende o primeiro encontro regional das profissionais que acompanham e auxiliam as mulheres em um dos momentos mais importantes da vida delas: a chegada de seus filhos. Neste sábado, dia 11, a Associação de Doulas do Rio de Janeiro (ADoulas-RJ) promove o I Encontro de Doulas do Médio Paraíba.

O evento, com início marcado para as 8h30, na sede da Câmara Municipal, em frente à Praça Oliveira Botelho, é uma oportunidade para que a população – em especial futuras mamães e pessoas interessadas em se tornar uma doula – conheça de perto a organização responsável pela profissão.

A ideia da realização do evento, segundo a presidente do ComSocial, Ana Lúcia Corrêa de Souza, surgiu pela falta de conhecimento da população sobre o papel das doulas e também para minimizar o grande número de reclamações e denúncias que ainda existem pela falta de acolhimento adequado nas maternidades.

A presidente – que ocupa cadeira nos Conselhos Municipais de Saúde do município de Resende e do Estado do Rio – acredita que o trabalho e objetivos das doulas são muito pouco conhecidos. “Muitas pessoas nunca ouviram a palavra doula. A importância dessas profissionais para apoio às gestantes é fundamental, antes, durante e depois do parto. Possuem mais informações e são sensíveis ao momento da mulher gestante. Sabem também valorizar o parto adequado ao corpo e à saúde do bebê”, acrescenta.

Presidente da ADoulas-RJ, Morgana Eneile, estará presente durante encotnro

Ela destaca o apoio recebido pelo evento. “Felizmente a direção da Apmir, maternidade de Resende, acolheu muito bem a ideia e está apoiando o evento. Também contamos com o apoio da Câmara Municipal e da Santa Casa de Resende e do jornal BEIRA-RIO”, diz Ana Lúcia.

Outra organizadora do evento, Rosi Almeida, diz que um dos objetivos é levar as doulas às mulheres atendidas pelo SUS assim como difundir o parto adequado, humanizado, natural às famílias que ainda têm muitas dúvidas. “Com o tempo e com a conscientização das pessoas o parto normal será visto com outros olhos, porque o acolhimento é que realmente as gestantes precisam”, completa.

O encontro, conforme antecipou Ana Lúcia, contará com uma oficina com a presidente da ADoulas-RJ, Morgana Eneile, que formará no evento um núcleo do Médio Paraíba para as doulas dos 12 municípios, além do acolhimento inicial com a professora de Yoga, Carin Siqueira.

O QUE SÃO DOULAS?
O termo Doula (“mulher que serve”, em grego), segundo informações do site da ADoulas-RJ, é utilizado para designar a mulher que ao longo da História da humanidade permanecia ao lado da parturiente durante o trabalho de parto, encorajando-a, amparando-a e cuidando do ambiente para que tudo estivesse propício à concretização do parto. E que depois do parto, permanecia na casa ou visitava-a com frequência, auxiliando nos primeiros cuidados com o bebê, cozinhando e ajudando com eventuais outros filhos.

Mas nos dias de hoje, doulas são profissionais treinadas e capacitadas para oferecer educação perinatal durante o ciclo gravídico-puerperal e suporte emocional e físico contínuo para a gestante antes, durante e logo após o parto. Uma dessas funções é encorajar a gestante a buscar informação sem tutela, reforçar o ato de parir como algo fisiológico e apoiar suas escolhas. As profissionais, no entanto, não interferem na atuação da equipe médica.

O serviço é prestado por alguém, com certificação própria para isso, conforme Classificação Brasileira de Ocupações 3221-35 do Ministério do Trabalho. Ou seja, as pessoas estudam e se especializam. Em diversos estados e municípios o trabalho das doulas é definido por leis, sendo que no estado do Rio de Janeiro existe a Lei Estadual 7314/2016, que garante a permanência delas dentro das maternidades. Confira a programação clicando na foto ao lado.

Fotos: Reprodução/ADoulas-RJ e Redes Sociais

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