A Defesa Civil de Itatiaia enviou uma nota a imprensa na manhã desta terça-feira, dia 9, informando que o município está em alerta, já que segundo o diretor do órgão, Valdair do Nascimento, a previsão é a de que a chuva desta terça atinja 45 mm, e orienta a população para que redobre as atenções durante esse período.
Ainda segundo a nota, o município até o momento não sofreu com incidentes causados pela forte chuva dos últimos dias em todo o estado do Rio de Janeiro. E encerra destacando que “se solidariza com os danos causados em cidades vizinhas e se coloca à disposição das mesmas na busca da reparação e da solução dos incidentes, visando sempre o bem estar da população”.
O município é o segundo da Região das Agulhas Negras que se solidariza com a população das cidades afetadas nos dois últimos dias. Nesta segunda-feira, dia 8, a Defesa Civil de Resende (que também está em alerta), em suas redes sociais, também prestou solidariedade pelos estragos registrados em Barra Mansa e Volta Redonda.
Aliás, os dois principais municípios do Sul Fluminense ainda sofrem com os estragos provocados pela forte chuva, que continua caindo. O alerta para chuva forte, alagamentos e deslizamentos também está mantido, uma vez que o solo se encontra encharcado nessas cidades.
Segundo a Defesa Civil de Barra Mansa, o nível do Rio Barra Mansa está em 4 metros e a previsão é de que esse aumente ao longo do dia. Em dias normais, o nível fica em 50 cm. No bairro Nova Esperança, o rio chegou a transbordar e a água invadiu as ruas durante a manhã. A Defesa Civil está no local orientando moradores de áreas ribeirinhas para que fiquem atentos com o aumento no nível do rio. A previsão da meteorologia para esta terça é de 45 milímetros de chuva na cidade.
Na Via Sérgio Braga, que liga os dois municípios, segue totalmente interditada. Um novo deslizamento em um morro próximo foi registrado durante a manhã, e não há previsão de liberação da via. De acordo com a Defesa Civil, uma escadaria que dá acesso a uma residência também foi interditada pelo risco de desmoronamento.
Segundo a Defesa Civil de Volta Redonda, 73 famílias estão desalojadas e não há desabrigados, além de contar com dois pontos de abrigo para receber essas famílias. O diretor do órgão, Leandro Rezende, pede às pessoas que saiam de suas casas e procurem um local seguro caso morem em áreas de risco. O município segue em estado de alerta, já que chove no momento.
Em Barra Mansa, o órgão recebeu novas 140 chamadas de diferentes bairros que sofrem com deslizamentos ou enchentes, entre eles Getúlio Vargas e Vila Coringa. As aulas nas escolas das regiões afetadas seguem suspensas.
CAOS NA CAPITAL
A forte chuva também provoca o caos nesta terça no Rio de Janeiro desde a noite de segunda-feira, dia 8. Na capital fluminense, três pessoas morreram, todas na Zona Sul. No bairro do Leme, duas irmãs morreram soterradas na madrugada de terça, no Morro da Babilônia. Doralice do Nascimento, de 55 anos, e Gerlaine do Nascimento, de 53 anos, foram retiradas do lamaçal. Outras duas pessoas foram feridas, e um homem está desaparecido.
Ainda na noite de segunda, o corpo de um homem foi encontrado na Gávea, debaixo de um carro. Ele foi identificado na manhã desta terça como Guilherme N. Fontes, de 30 anos. Ainda que causa da morte naão tenha sido divulgada, testemunhas relatam que Guilherme morreu afogado ao cair de moto, ser arrastado pela água que descia da Avenida Marquês de São Vicente e ficar preso debaixo de um carro.
Segundo o sistema de meteorologia da Prefeitura do Rio, o Alerta Rio, a cidade entrou em estágio de atenção às 18h35 de segunda, e passou para o estágio de crise (considerado o nível de risco mais alto) às 20h55. Em quatro horas, choveu mais no Rio do que nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando seis pessoas morreram.
O temporal alagou ruas, derrubou árvores e destruiu carros. O Alerta Rio ainda mantém a previsão de chuva forte, com risco de alagamentos e deslizamentos de terra para diversos bairros da capital. A mesma previsão é válida para o Sul Fluminense.
Fotos: Alexandre Oliveira/Reprodução G1 e Reprodução/Redes Sociais
