40 anos de teatro, palhaçaria, cinema e TV

Entre os dias 22 a 24 de junho, um dos nomes mais famosos do teatro resendense comemorou seus 40 anos de carreira relembrando desde seus primeiros anos no teatro, cinema e TV, na capital fluminense, até a sua participação no grupo teatral Boca de Cena, depois de se transferir para Resende.

Natural de Niterói, o ator, diretor e promotor cultural José Leon Zylberstajn, mais conhecido como Zé Leon, falou ao jornal BEIRA-RIO sobre como começou toda sua traetória. “Comecei no Teatro Tablado, minha estreia no teatro como ator profissional foi em 1978. E depois, uma de minhas atuações foi como palhaço, em 1979, ao lado do Marcelo Madureira, do Cláudio Manoel e até do Bussunda, que era nosso responsável pelos cenários (os três trabalhariam juntos mais tarde na TV com o programa “Casseta & Planeta Urgente”). O Marcelo passou a usar o Madureira como sobrenome artístico depois dessa experiência”, relembra.

Zé Leon e Marcelo interpretavam os palhaços Cantareira e Madureira, respectivamente, no espetáculo “Grande Circo Pessegonha – Aquele que nos mata de vergonha”.

Além de contracenar com os “cassetas”, Zé Leon também relembra uma rápida passagem pelo cinema e pela TV. “Na televisão, tive a oportunidade de contracenar com o Hugo Carvana, mas larguei tudo pra vir morar aqui em Resende, depois de conhecer minha mulher (a poetisa Martha Carvalho) e casar com ela”.

Na ocasião, Zé Leon e Martha administravam um hotel em Engenheiro Passos, mas o ator não ficou muito tempo longe dos palcos. Ele criou o grupo Boca de Cena, considerado o marco do teatro em Resende, nos anos de 1980.

Nos anos seguintes, Zé Leon teve a oportunidade de ser nomeado o primeiro presidente da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda (FCCMM), de 1989 a 1992, cargo que reassumiria no ano de 2006. Foi candidato a vereador no ano de 2008, chegando a assumir o cargo como suplente do vereador Luiz Fernando Pedra.

O ator contribuiu para o resgate do Festival de Teatro de Resende, criado quando o movimento teatral experimentou seu auge no município, e que deixou de ser realizado durante alguns anos. Após deixar o cargo de presidente da FCCMM, Zé Leon tornou-se curador do Festival de Teatro das Agulhas Negras (Festan), realizado em Resende (Engenheiro Passos), Itatiaia, Quatis e Porto Real.

Questionado se pretende voltar a organizar esses eventos, Zé Leon é realista com a atual situação econômica do Brasil. “Espero que sim, por enquanto a crise está grande, os patrocinadores estão com dificuldades em caixa. Mas não perco a esperança!”, conclui.

TRAJETÓRIA NARRADA NO TEATRO
O espetáculo encenado por Zé Leon no Espaço Z, a comédia “Minha Vida de Artista ou Devia Ter Ouvido Meu Tio Waldemar”, com roteiro escrito pelo próprio artista, relembra toda sua trajetória artística, através de contação de história, stand up comedy ou com o protagonista caracterizado como palhaço, com piadas e memórias, de uma forma leve e divertida. O espetáculo teve a direção do também ator e diretor Ângelo Tramezzino.

Foto: Divulgação

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