Circuito Cultural enche Resende de arte no primeiro sábado como diria Gonzaguinha: ‘Eu Acredito é na Rapaziada!’

Um samba de autoria do Herbert Felipe para o bloco carnavalesco Crustáceos da Manguaça, e que gosto muito, diz a certa altura que Crustáceos da Manguaça é “uma idéia cercada de corações”.

Sábado à noite eu estava na Casa Amarela num sarau baseado nos poemas do bom livro ‘Poesia Banguela’ do Rafael Alvarenga e me chegaram à mente os versos de Herbert numa analogia ao Circuito Cultural, que me soava como uma bela idéia cercada de corações e talentos.

O Circuito Cultural é uma promissora e simpática sacada da rapaziada que produz arte e manifestações alternativas aqui em Resende. Acontece sempre no primeiro sábado de cada mês, desde as 9 da manhã até dez da noite mais ou menos, ocupando com eventos variados, logradouros públicos e espaços privados que aderiram à sacação, como a escola de artes Atrium, por exemplo.

E foi num desses espaços privados, a Casa Amarela, que curti o sarau de poesia, depois de passar por uma oficina de danças folclóricas na pracinha em frente à Igreja do Rosário. Oficina, a qual, minha companheira Mariza Sá, muito afeita esse tipo de manifestação, não resistiu e foi bailar também.

Como eu ia dizendo, a Casa Amarela, já, uma espécie de símbolo do Circuito, é um espaço dedicado às artes visuais, e é também escola de artes plásticas, tocada com muito zelo e sensibilidade pelo Gelson Mallorca e por sua companheira, a fotógrafa, Chris Duarte. Dois artistas de altíssimo nível.

É um ambiente acolhedor e cheio de arte. Por onde você andar, pra onde olhar, vai perceber o talento e a sensibilidade desse casal que cuida desta casa espetacular, que merece uma visita já. Não espere pela próxima rodada do Circuito Cultural. Ela fica ali mesmo na Rua do Rosário, número 791, no centro, pertinho da Igreja do Rosário. E é amarela, claro.

E o sarau, que contou com a Fernanda Simões, com o Gustavo, com a Mari Biochinni, com o Ênio, com a Maria contadora de histórias e tantos outros declamadores e intérpretes teve ainda a ‘participação especial’, da Morena, de cinco anos, filha do Rafael, que em vários momentos roubou a cena.

No final, um fecho bem legal com a boa música, levada por uma dupla que dispensa maiores comentários: o sempre bem-vindo Ulisses Coli e a reluzente Mari Biolchinni. Ulisses que por sinal mostrou um breve naipe do saudoso Sergio Sampaio e Mari que brindou o público com produções autorais.

E tudo num clima de aconchego, camaradagem, comes e bebes honestos e a presença ilustre do preto velho, Claudionor Rosa para abençoar a rapaziada. Vida longa ao Circuito Cultural!!

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