
Todo dia é dia delas, mas uma data em especial é voltada a elas: 8 de março. Durante quase toda a história da humanidade, elas foram relegadas ao matrimônio e aos filhos. Mas com o passar do tempo, as mulheres ganharam papel de destaque na sociedade e chegaram ao mercado de trabalho. A própria data celebrada é uma conquista que se originou 100 anos depois de uma grande tragédia envolvendo 129 operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, em 8 de março de 1875.
Elas lutavam pelos mesmos direitos que as mulheres do Século 21, e tiveram esse esforço reconhecido pela ONU, algum tempo depois de conquistarem o direito ao voto, ao ensino superior e a muitas atividades antes restritas aos homens. Ainda assim, brigam por igualdade de condições no mercado de trabalho, na política (mesmo depois do Brasil eleger a primeira presidente) e sofrem com duplas ou triplas rotinas, já que a cultura masculina ainda não aprendeu a inverter as funções em casa com as companheiras.
Em relação ao número de famílias chefiadas por mulheres, o número vem aumentando. Segundo dados dos dois últimos censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no censo do ano 2000, o número de mulheres que chefiam domicílios particulares chegava a 24,9% dos 44,8 milhões de domicílios particulares. Em 2010, 38,7% dos 57,3 milhões de domicílios registrados já eram comandados por mulheres.
As pesquisas do IBGE também apontou aumento do rendimento médio, mesmo com todas as diferenças entre os sexos. Em uma década, as mulheres registraram aumento relativo de salário maior do que o dos homens (12% para elas e 7,9% para os homens). Além disso, a proporção de mulheres com carteira assinada saltou de 32,7% em 2000 para 39,8% em 2010.
Em nossa região a rotina das mulheres não difere daquela que encontramos e pode ser contadas em histórias. Em Barra Mansa, foi produzida a websérie “8 Mulheres – Expressões de Servidoras Públicas de Barra Mansa”, produzida pela Fundação Cultura Barra Mansa (FCBM), órgão ligado à prefeitura local. Oito servidoras protagonizam a produção falando de como conciliam vida familiar e profissional, e refletem sobre suas vidas, suas lutas e sonhos. As oito mulheres e os vídeos delas podem ser conhecidos no canal da Fundação.
EMPODERAMENTO – Não muito longe, em Volta Redonda, outra história também mostra o empoderamento de Livia Puri, de 21 anos, uma rapper integrante do Coletivo Rima Sistah, voltado para o desenvolvimento das mulheres no Hip Hop, e que incentiva a participação e integração delas nessa cultura musical. Ela está divulgando esta semana seu single “O Som das Águas”, que fala sobre a lenda da sereia Iara.
A rapper – que é natural de Volta Redonda – viveu no Rio de Janeiro, local onde teve contato com os movimentos indígenas, em especial os puris, que a estimularam a buscar as origens de sua região e passar essas manifestações por meio da música e da poesia. Essa fase de sua carreira inspirou na adoção do nome artístico.
Fotos: Divulgação/PMBM e Circulô Comunicação


