Três de Resende denunciados por corrupção!

O Ministério Público Federal (MPF) de Resende denunciou nesta semana três pessoas por prática dos crimes de corrupção passiva e associação criminosa. Maria Aparecida Borges Pimentel Vargas, Flávio Antônio Simões e José Augusto Pinelli são acusados de prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, fraude à licitação e associação criminosa. As denúncias são resultado da operação Águas Turvas, deflagrada em fevereiro de 2016 pela Polícia Federal, a pedido do MPF, para apurar irregularidades na administração da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap).

Dentre as irregularidades investigadas na operação estavam a má condução das licitações, o recebimento indevido de verbas de representação, e a contratação da sociedade empresária Consultal Consultoria Ambiental Ltda, cujo responsável legal é Marco Antônio Vargas, ex-marido de Maria Aparecida, que é membro do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap) e atual secretária executiva do referido órgão. Na auditoria, foi constatado também que Flávio Antônio concentrava diversas funções e presidia as comissões de licitação e atuava na fiscalização dos contratos e ordenamento dos respectivos pagamentos.

Durante a investigação, também foi solicitado pelo MPF a quebra de sigilo bancário de Marco Antônio Vargas e da empresa Consultal Consultoria Ambiental Ltda., para apurar se houve pagamento de vantagem indevida a Flávio e Maria Aparecida diante da contratação indireta suspeita da sociedade empresária do ex-marido desta. Na análise de dados do sigilo bancário, não se encontrou indícios de pagamentos de propina em relação à empresa Consultal. Porém, apurou-se que tanto Flávio quanto Maria Aparecida receberam, em suas contas particulares, valores oriundos da empresa Vallenge Consultoria, Projetos e Obras Ltda, pertencente a José Augusto Pinelli.

A denúncia aponta que Flávio e Pinelli ajustavam previamente os critérios e parâmetros de julgamento dos processos licitatórios de modo que a empresa Vallenge fosse vencedora das licitações. Em 2011, os dois teriam fraudado, mediante ajuste e combinação, uma licitação a fim de obter vantagem indevida em prol da Vallenge, no valor de pouco mais de R$ 2 milhões.

AÇÃO POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Além da denúncia por corrupção, em julho desse ano, o MPF moveu outra ação civil pública por atos de improbidade administrativa contra Maria Aparecida, Flávio, Pinelli e sua empresa, a Vallenge, requerendo a indisponibilidade dos três réus e da pessoa jurídica, além da devolução do ganho obtido de forma ilícita e o pagamento de multa pelos réus.

Os bens de Maria Aparecida foram bloqueados no valor de R$ 182.4 mil, os de Flávio no valor de R$ 225.1 mil e os de Pinelli e da Vallenge, somados os bens bloqueados de cada réu, no valor de quase R$ 2.5 milhões. Maria Aparecida terá que devolver quase R$ 46 mil e pagar multa de R$ 136.8 mil; Flávio, pouco mais de R$ 56 mil e pagar multa de quase R$ 170 mil, e Pinelli e a Vallenge terão que devolver quase R$ 2.2 milhões e pagar multa de pouco mais de R$ 350 mil.

Foto: Arquivo

Fonte: MPF/RJ

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One thought on “Três de Resende denunciados por corrupção!

  1. Essa empresa Vallenge continua até hoje atuando dentro da AGEVAP, além de outras “cartas marcadas” que levam quase todas as licitações… o Ministério Público deveria investigar a atual diretoria também!

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