Audiência define situação dos acusados de estupro no asilo de Resende

Marcada para as 13h desta terça-feira, dia 22 de agosto, a Audiência de Instrução e Julgamento dos réus Hilton Ribeiro Gouvêa, Jaqueline da Silva Santos e Rosimar de Souza Tudinho no Fórum de Resende. Os três foram acusados pelo Ministério Público de estupro de vulnerável cometido contra uma idosa de 89 anos no Asilo Nicolino Gulhot em Resende (leia a matéria anterior clicando aqui). O pedido de prisão dos três foi divulgado em matéria publicada pelo BEIRA-RIO há um mês, assim como entrevista com a direção do Asilo que nega os fatos e acredita que tudo não passou de uma “brincadeira”.

O asilo contratou um advogado para atuar como assistente da defesa dos acusados, apesar de já ter demitido os três: “O asilo tem interesse em esclarecer os fatos e não acredita na versão de uma única pessoa que fez a acusação. Não existe materialidade, não tem como provar o que aconteceu”, diz o advogado do asilo Pedro Felisardo que acredita que os acusados, que estão foragidos, comparecerão à audiência que pode definir pela inocência dos três ou manter o pedido de prisão.

Apesar do advogado sustentar que uma única pessoa teria feito as acusações, o Asilo demitiu quatro pessoas que teriam colaborado para esclarecer o fato com o Ministério Público. Uma auxiliar de limpeza e uma técnica de enfermagem foram demitidas nos primeiros dias após a denúncia e depois foram uma assistente social e por último uma fisioterapeuta que foi colocada de férias e quando voltou também foi demitida. Todas relataram os problemas que a idosa apresentou depois do fato narrado pela própria e outra idosa que garante ter visto tudo que aconteceu. Depois do possível abuso sofrido, a idosa parou de andar, de falar e teve agravamento de seus problemas renais morrendo um mês depois.

— A demissão da assistente social e da fisioterapeuta, sendo uma com quase cinco anos de casa demonstra que o asilo nunca quis ouvir essas profissionais. Não ouviu as outras e também não ouviu essas duas que relataram o sofrimento da idosa. A gente não entende até hoje porque primeiro tentaram abafar um caso tão grave dizendo que era invenção das idosas e depois porque demitiram as pessoas que estavam justamente abrindo os olhos para evitar mais problemas, disse uma ex-funcionária que pediu para não ser identificada.

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