Feira Literária de Mambucaba

No artigo da semana passada informei que estava participando da Feira Literária de Mambucaba. Hoje gostaria de comentar sobre a festa em si e as reverberações.

A primeira coisa que ficou muito evidente é que o sonho e a boa vontade são capazes de operar milagres. Para quem não conhece, a Vila Histórica de Mambucaba é uma pequena praia à margem da rodovia Mário Covas, mais conhecida por Rio-Santos. Mais conhecida como ponto de veranistas que vêm de outras regiões do oeste do estado do Rio de Janeiro, da cidade do Rio de Janeiro e do estado de São Paulo, possui cerca de setecentos habitantes fixos, mas alcança aproximadamente 10 000 visitantes no verão. Boa parte do seu casario é em estilo colonial. Sua infraestrutura teve grandes melhorias nos últimos anos, em virtude dos muitos trabalhadores que vieram construir a Usina Termonuclear, tendo praticamente todas as ruas recebido calçamento e iluminação pública. À disposição da população, oferecidos pela prefeitura da cidade de Angra dos Reis, um posto de saúde e uma escola. Sua maior igreja católica, dedicada a Nossa Senhora do Rosário, ficou abandonada por muitos anos, mas já voltou a ter suas atividades religiosas e no momento está sendo restaurada.

Entretanto, existe uma pessoa que pode ser reconhecida como divisor de águas. Seu nome é Carlos Rogério Lopes de Souza, mais conhecido como Cagério.

Formado em Educação Física e em Música pela USP de Ribeirão Preto, esse sonhador incansável e irrecuperável vem se tornando o grande agitador cultural do local. Mudou-se no início dos anos 80 para a Vila vizinha de Praia Brava, pois o pai veio trabalhar na usina nuclear. Apaixonou-se pelo mar, pelo céu, pelas matas. Casou-se, morou em vários lugares e agora voltou para germinar sua vontade de ver e acontecer a cultura.

Contaminou muitas pessoas com seu entusiasmo e é por isso que a FLIM aconteceu. Sem muitos patrocínios e repleta de pessoas de boa vontade que se disponibilizaram a vir por conta própria, essa primeira feira literária foi um sucesso. Todos se divertiram e aplaudiram. Foi intensa e deixou saudades.

No ano que vem – prometem os organizadores – haverá outra. Já estou reservando no meu calendário os dias para estar por lá, auxiliando, vibrando e torcendo de perto. Sendo testemunha ocular de que o sonho que se sonha junto se torna realidade.

Vida longa para a FLIM que acabou de nascer. E nasce amada, forte, robusta e cheia de promessa de sucesso.

Ângela Alhanati
contato@angelaalhanati.com.br
Livre pensadora exercendo seu direito à reflexão

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