Quatis promove evento de reflexão à Abolição da Escravatura

No próximo sábado, dia 13, é relembrado o dia da Abolição da Escravatura. Em 13 de maio do ano de 1888, depois de muita luta por parte dos movimentos abolicionistas, é assinada a Lei Áurea pela Princesa Isabel, que acabava formalmente com quase quatro séculos de escravidão negra no Brasil. Quase 130 anos depois, mesmo depois de libertos, os negros são os que mais sofrem com a exclusão em nossa sociedade, fazendo com que a data seja apenas mais um dia de luta e consciência.

E para lembrar essa data, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos da Prefeitura de Quatis realizará nesta sexta-feira, dia 12, um evento especial de reflexão da cultura negra na Praça Getúlio Vargas (Praça da Matriz), a partir das 16 horas, e sobre a atual situação social dos descendentes dos antigos escravos em nosso país.

A programação prevê, entre outras atividades, a entrega do Cordel de Ouro ao mestre Mário Buscapé, de 87 anos, uma das referências principais da capoeira no Brasil e no exterior. O Cordel de Ouro representa a maior graduação da capoeira, e pela primeira vez será concedida numa cidade fluminense. Nascido na Bahia, Mário Buscapé começou a praticar a capoeira aos oito anos de idade. Na juventude, se mudou para o Rio de Janeiro com o objetivo de prestar serviço militar na Marinha, e posteriormente fundou as primeiras academias de capoeira no município carioca.

Outras atividades previstas são a exibição de um vídeo sobre o tema do racismo; a realização de rodas de conversas  coordenadas por moradores da comunidade quilombola de Santana e pela mestre em capoeira Fátima Colombiano, a Mestre Cigana, presidente da Federação dos Capoeiristas do Estado do Rio de Janeiro. Ela já coordenou programas de capoeira em Quatis desenvolvidos pela Prefeitura de Quatis. Haverá ainda espaços destinados à realização de uma roda de rima pelo grupo AMAP RAP e a apresentação de capoeira, além de oficinas de turbantes e tranças.

ABOLIÇÃO E MARGINALIZAÇÃO
A liberdade dos escravos, no entanto, não veio seguida de inserção do negro na sociedade. E até os dias de hoje, eles ainda representam a etnia mais marginalizada no país. Levantamentos da ONU mostram, por exemplo, que 70% das pessoas que vivem em situação de extrema pobreza no Brasil são negros e que o salário médio da população negra no país é 2,4 vezes mais baixo que o dos brancos. Além disso, 80% dos analfabetos brasileiros são negros e mais de 40% das vítimas de homicídios no país são negros de 15 e 29 anos.

Foto: Divulgação/PMR

Com informações da Prefeitura de Quatis

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