Sabe aquela musiquinha do gás?!

Sabe aquela musiquinha do gás?!

Quem escreve por ofício e tem que escrever regularmente, não tem jeito. Esteja bem, esteja mal, sem tempo, sem motivação, ou, o pior de todos os percalços: sem inspiração, mesmo assim, tem que escrever.

Estava eu numa dessas entressafras diante da tela em branco e sabendo que a Loliza esperava meu material para o ‘BEIRA-RIO’, quando, ouvi chegando suave aos ouvidos, o volume num crescendo, uma belíssima e conhecida melodia. Executada no  cravo. Uma lindeza.

Identifiquei a melodia que hoje já faz parte do nosso dia a dia, o que por vezes a torna incômoda devido ao prosaico e repetitivo motivo de sua utilização. Se bem que considero a intenção muito bem-vinda nesses ásperos tempos em que reinam absolutos,  o sertanejo universitário, a sofrência e o funk proibidão.

A melodia envolvente é uma composição do colossal Ludwig Von Beethoven e deveria sim, significar um oásis em meio a nosso deserto de criatividade sonora (há exceções, é claro, meu exigente leitor!). No idioma do compositor, a grafia é ‘Für Elise’ e teria sido composta para um amor não alcançado.

Há controvérsias. A musa inspiradora seria Elisabeth Roechel, irmã do cantor de uma ópera de Beethoven. E o flerte, estaria documentado por cartas trocadas. A outra ponta da controvérsia cita a cantora Therese Malfati, uma austríaca que teria recusado seu pedido de casamento. A canção originalmente se chamaria ‘Für Therese’ e a troca do nome é atribuída a uma mal sucedida tradução.

Não vou me amarrar agora aos infortúnios do compositor, pensei. Afinal, temos que correr antes que Temer acabe com o país. E estava eu ainda nesse estado de quase vigília, entre sonho e realidade quando um grito estridente me trouxe de volta: – Ó o GÁS!!!

É a dura realidade. A belíssima ‘Por Elise’, ‘Für Elise’, foi reduzida simplesmente à musiquinha do gás. Ou como costumo ouvir: “Essa irritante musiquinha do gás”. Se os mistérios da existência me permitissem, eu consolaria o grande alemão com o jeitão que um amigo de bar costuma fazer: “Beethoven, meu velho, é melhor ser surdo do que ter que ouvir isso”.

TRIPA

* Falando nisso, o mundo do samba está de luto, morreu dia 5, de complicações renais o sambista Almir Guineto. Guineto é um dos compositores mais festejados desde a primeira explosão do pagode no Rio, quando surgiram Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Jorge Aragão e outras feras. Uma pena.

* Sábado é dia de feijoada com chorinho no Bar Atlântico. Vamos nessa ?!

ANIVERSÁRIOS

Mudaram de idade dia 29: Lúcia Helena, Carlos Alberto Cruz, Luis Lindão, Marcelo Carneiro e Jorginho Luiz Ferreira. No dia 30, foi a vez da Cíntia Periard soprar velinhas. Dia 1º de maio, o Thirso Naval recebeu os ‘parabéns’. No dia 3 mais uma turma legal comemorou mais um ano de vida: Luciaria Diniz, Fernando França, Tiago Fumaça e Helena Botelho. Dia 4, ficaram mais experientes: Paulo Elisandra, Dr. Carlos Serra, Beto Oliveiras, as irmãs Cida e Silvia Mônica e Vagner Firmo e nesse dia 5 inauguraram idade nova o Laercinho Almada, a Cláudia Luiza e o Jorge Colistet. Parabéns e todas as felicidades do mundo a eles..

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