Família e vizinhos sofrem com terreno baldio e aberto na Morada da Montanha

Por muito pouco, animais peçonhentos não picaram filhas do casal no corredor da casa
Por muito pouco, animais peçonhentos não picaram filhas do casal no corredor da casa

Pessoas que cortam caminho com motos e bicicletas; matagal que esconde cobras, ratos e aranhas; cachorro que já levou uma picada em uma de suas patas traseiras; e casais que costumam fazer sexo à noite. Estas são as reclamações de moradores vizinhos – em especial de uma família – a terrenos de lote que não passam por limpeza há algum tempo, na Rua Edmundo Teixeira (antiga Rua A), no bairro Morada da Montanha.

Os empresários David da Silva e Karina Carelly moram no local há seis anos, com as filhas Kamilly, de 8 anos, e Isabelly, de 5 anos. “A mais velha por muito pouco não foi picada por uma cobra quando ainda tinha 3 anos. Eu havia chamado a atenção da Kamilly, que brincava no corredor, quando ela disse ‘que havia avistado um minhocão’ na porta do quarto. Quando fui ver tomei um susto, pois achamos uma cobra no corredor. Por muito pouco não picou as meninas. Precisei chamar um vizinho para matar o bicho”, relembra Karina.

David teve despesas com tratamento de cachorro boxer da família
David teve despesas com tratamento de cachorro boxer da família (Fotos da pata: Divulgação)

Mas o cachorro de estimação da família, no entanto, ainda que tenha sobrevivido, não teve a mesma sorte. “Aqui tem aparecido muita cobra, mas também aranhas, daquelas venenosas, e até ratos. No mês passado, o meu boxer de 4 anos apareceu com a pata direita traseira inchada. Levamos no veterinário, que receitou medicamentos e disse que ele havia sido picado por um desses animais. Depois que a pata desinchou, descobrimos duas marquinhas de mordida. A gente acredita ter sido de cobra ou de aranha que veio da parte dos fundos do terreno, pois nesse dia o Habacuque dormiu encostado à parede do quintal”, cita David.

O casal gastou R$ 200 só pela consulta, fora as despesas com medicamentos. E ainda assim eles ainda estão preocupados, pois a pata do animal ficou com um buraco e a família observou que o local pode estar necrosado, reforçando a suspeita de que o cão tenha sido picado por animal peçonhento. Segundo eles, uma cobra chegou a ser vista entrando dentro dos fundos da casa através de um pé de mamona do terreno localizado atrás da residência, e segundo David, “estragou a cerca elétrica da casa”.

Família, que mora na casa da foto, não tem mais sossego para ficar nem manter a calçada
Família, que mora na casa da foto, não tem mais sossego para manter a calçada conservada

Fora de casa, a família também passa por constrangimentos. “O terreno que tem ao lado da nossa casa, por não ter qualquer cerca ou muro, virou passagem para pedestres, ciclistas e até motociclistas. Um dia quase atropelaram uma das meninas aqui na calçada de casa. Nem posso deixá-las brincar. Tinha até ciclista brigando porque eu fechei a passagem para o terreno com o meu carro”, destaca o empresário.

A mulher de David também cita o uso do terreno ao lado da casa como local para uso de droga e um motel a céu aberto, isso tudo na parte da noite. A família chegou a registrar três queixas na ouvidoria da Prefeitura de Resende, mas não obtiveram qualquer retorno. “Esse problema se estende desde o governo passado (do ex-prefeito José Rechuan Júnior), mandamos mensagens há três anos. E agora voltamos a entrar em contato com a equipe do atual prefeito, mas a coisa ficou apenas na conversa”, aponta Karina.

MORADOR CHEGOU A SUGERIR QUE PROPRIETÁRIO CERCASSE LOCAL
David ainda destacou que há um ano esteve conversando com o proprietário do terreno ao lado da casa. “Cheguei a sugerir para que vendesse ou cercasse o terreno, até mostrou boa vontade com a gente. Mas infelizmente ainda não cumpriu com a promessa feita na ocasião”, acrescenta o empresário, que viu o proprietário apenas duas vezes, apesar de não conhecê-lo.

Já o proprietário do terreno dos fundos, apesar de ter pichado o muro de seus terrenos com seus telefones de contato, nunca foi visto pelo casal. Em algumas ocasiões, os familiares acabam tendo que pagar para limpar o terreno. Em outras, David chegou a solicitar que funcionários da prefeitura ajudassem passando com a retroescavadeira no local.

O jornal BEIRA-RIO tentou falar com o proprietário de um dos terrenos por telefone, mas não obteve sucesso. O jornal também entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Resende, e até o momento aguarda um posicionamento do órgão a respeito do problema.

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