Conheça um pouco sobre a Síndrome do Esgotamento Profissional

Mulher raivaSabe aquele cansaço que parece não passar mesmo depois de uma noite de sono, com alterações no humor que variam entre uma tristeza profunda, irritação, agitação e até atitudes que usualmente não fazem parte da pessoa? Pois é, isso tudo são características da Síndrome de Burnout, ou, como também é conhecida, Síndrome do Esgotamento Profissional, que se confunde com uma diversidade de quadros emocionais.

Burn, do inglês, quer dizer queima e out, exterior. Pode-se dessa forma fazer a correlação com um pavio que se queima até se esgotar por completo. Além dos sintomas, o indivíduo sente a sensação de uma perda no sentido de sua vida, não tendo mais vontade de fazer as coisas, fazendo simplesmente por fazer, por obrigação, se isolando socialmente.

Resultado do acúmulo de tarefas, excesso de cobranças e de atividades, uma boa dose de perfeccionismo e a falta de outras atividades que gerem prazer, ocasionam um estresse no ambiente profissional sem precedentes, o que é uma realidade diária em quase todas as profissões e mercados.

Duas situações são observadas nas pessoas que passam por isso: o absenteísmo, ou seja, a ausência no trabalho para realização de tratamento médico, exames, psicoterapia, entre outros; e o presenteísmo, ou seja, a pessoa que está no trabalho, mas com uma redução drástica em sua produtividade e numa situação de “mente distante” da realidade onde está.

Segundo estudos realizados pela Universidade de São Paulo, no Instituto de Psiquiatria, alguns fatores podem contribuir para o quadro de esgotamento, como a necessidade de controle das situações; a falta de paciência e a dificuldade para tolerar frustrações ou delegar tarefas e; o trabalho em grupo. Além disso, o sentimento de injustiça, falta de participação nas decisões e de apoio, e conflitos com colegas também podem agravar o quadro.

Rever as situações profissionais e como elas são encaradas é um passo bastante importante, mas o diagnóstico médico deve ser feito, com a avaliação do estilo de vida da pessoa, de sua profissão e da forma como ela lida com suas emoções. Ainda é comum a associação desse quadro à depressão, por isso o diagnóstico é essencial, para reconhecer o que de fato está acontecendo com a pessoa. É preciso a compreensão de que nem sempre, por exemplo, as férias poderão aliviar tal quadro, pois a melhora virá de mudanças em todo contexto profissional.

Aqui vão algumas dicas para evitar esse esgotamento:

– Avalie como tem conduzido seu dia de trabalho: O que lhe atrai no emprego atual? Vê possibilidade de mudança? Caso pense em mudar de empresa, organize esta transição, preparando seu currículo e avaliando as possibilidades.

– Tenha outras fontes de satisfação além do trabalho: Descubra gostos, hábitos, animais de estimação, um encontro com amigos, sair — para um lugar, de preferência, que não seja um shopping, por exemplo, onde os estímulos são excessivos e a pressão por compras é enorme.

– Tenha regularidade nos horários de alimentação, sono, trabalho, lazer, pois a falta de rotina para necessidades básicas faz com que nosso corpo entre em crise. Então, reveja sua rotina diária.

– Atividade física, por mais simples que seja, auxilia muito a combater os estados de cansaço, ajudam no metabolismo e na circulação.

– Conte com amigos, com a família, com a prática de espiritualidade, pois todos esses apoios são essenciais.

A saúde emocional e física é essencial no momento de exercer uma atividade profissional, mas claro, também nas demais áreas da vida. Portanto, rever os hábitos, a forma de conduzir a vida e os relacionamentos é necessária para uma vida mais saudável.

Fonte: Assessoria de Imprensa (Canção Nova)

Foto: Jab Consultoria/O Nortão

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