Os sintomas de esclerose múltipla costumam variar de pessoa para pessoa, mas, de um modo geral, incluem sintomas como dormência no corpo, dificuldade para caminhar, fraqueza e fadiga sem causa aparente, problemas de visão, transtornos do intestino e da bexiga. A esclerose múltipla é uma doença autoimune, crônica e progressiva, que destrói as células que formam a mielina – bainha de proteção que reveste as células nervosas no cérebro de uma pessoa –, com isso, há um forte prejuízo nas comunicações realizadas entre o cérebro e medula espinhal.
A medicina moderna ainda não desvendou a causa dessa doença e tampouco a cura, assim como também não há um exame especialmente indicado para o diagnóstico dessa em específico. O diagnóstico atual é realizado por meio de critérios clínicos e de imagem, com a ressonância magnética (RM) exercendo um papel sem precedentes na avaliação do cérebro e da medula espinal, tanto no diagnóstico, como no acompanhamento do tratamento.
Segundo a médica radiologista do CDB Medicina Diagnóstica, Flávia Cevasco, de São Paulo, a apresentação típica da esclerose múltipla causa lesões em pelo menos duas áreas características do cérebro, da medula ou ainda do nervo óptico.
A periodicidade das crises e surgimento de novas lesões, com intervalo de no mínimo um mês entre elas, também contribui para o diagnóstico e a avaliação da conduta terapêutica, entretanto, antes de se definir o diagnóstico, é necessário a feitoria de pesquisas e a exclusão de outras doenças relacionadas, como por exemplo a deficiência de vitamina B12 ou até mesmo Síndrome de Guillain-Barré, tornando o processo de descoberta da doença deveras mais complicado, mas ainda sim tendo-se sua devida eficiência.
A médica ainda explica que, uma vez que a doença é crônica e a realização de exames de ressonância magnética é frequente, é importante que sempre seja disponibilizada a RM anterior para que se possa fazer um comparativo do número e do tamanho das lesões, assim como detectar novas lesões. Além da ressonância magnética, outros exames podem ser necessários para concluir o diagnóstico, como avaliação do líquido cérebro-espinhal e testes que tem por medir o tempo de resposta a determinados estímulos, sendo esses especialmente importantes nos casos em que não preenchem os critérios diagnósticos clínicos nem por ressonância.
Fonte: CDB Medicina Diagnóstica
Foto: Pinterest/FisioLAR