Sindicato dos Metalúrgicos recusa nova proposta da CSN

O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense recusou, na mesa de negociação, a nova proposta apresentada pela empresa. A CSN queria estender a validade do acordo até o ano de 2018. Em outro item, a empresa propôs a volta do turno de oito horas. A reunião foi realizada na manhã desta terça-feira (dia 16), na sede do antigo Escritório Central, na Vila Santa Cecília.

– A CSN tenta enfiar goela abaixo migalhas. Desta vez, ela quer um acordo com validade de dois anos, propondo somente a reposição de parte do INPC. Depois dessa, só nos resta um caminho: a greve. Vamos consultar os trabalhadores para saber a opinião deles sobre a paralisação – questiona presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Silvio Campos (foto).

Em 19 de julho, mais de 97% dos trabalhadores recusaram a primeira proposta da empresa. “A proposta era muito ruim e só levamos à votação a primeira proposta para não sermos acusados de intransigentes. Não aceitaremos, de maneira alguma, retirada de direitos”, disse. Confira abaixo a proposta:

Acordo Coletivo 2016/2017: reajuste de 5% mais 1,5% (pela compra de benefícios) = 6,5% que serão aplicados a partir de janeiro/2017. E Acordo Coletivo 2017/2018: o reajuste de 50% do INPC (acumulado no período de 2016/17), estimado hoje em 4%, mais 1,5% (pela compra de benefícios) = 5,5%, que serão aplicados a partir de maio de 2017.

Cartão Alimentação: crédito extra de R$ 1.000, divididos em cinco parcelas de R$ 200, consecutivas de agosto à dezembro de 2016, sem participação do trabalhador.

Reajustes de outros benefícios mediante a concessão dos reajustes acima propostos, conforme abaixo:

– Residual de hora noturna: SUSPENSÃO;
– Adicional Noturno: PRÁTICA DO VALOR LEGAL;
– Adicionais diferenciados de HE: PRÁTICA DOS VALORES LEGAIS 50% e 100% aos domingos e feriados. E SUSPENSÃO da convocação em residência e não contíguo;
– Fim da estabilidade adicional da gestação;
– Creche: pagamento até completar 1 ano;
– SUSPENSÃO do empréstimo pessoal;
– Abono de Férias: SUSPENSÃO do adicional de 36,67%;
– Aumento da coparticipação para 20% no Cartão Alimentação;
– Pagamento limitado a 20% da diferença salarial no caso de substituição;
– Inicio imediato do banco de horas de 180 dias para toda a empresa.
– Implantação imediata do turno ininterrupto de revezamento de 8 horas, com pagamento de bônus no valor de R$ 1.000, com escala a ser escolhida por votação.