Em reunião realizada no final da manhã de sexta-feira, dia 1º, no gabinete do prefeito José Rechuan Júnior, na sede da Prefeitura de Resende, o Sindicato dos Servidores Públicos de Resende e o Executivo chegaram a um acordo e suspenderam temporariamente a greve decretada no último dia 28. Após a reunião, que durou quase três horas, os representantes do sindicato se reuniram com os servidores no refeitório da Prefeitura e anunciaram o que foi combinado com o governo.
Segundo o presidente do sindicato, Marco Antônio Correa (foto), o prefeito e alguns secretários receberam os representantes do sindicato e mais três servidores do grupo dos grevistas. “Foi a reunião mais demorada que a nossa administração teve até hoje, e para nós foi uma surpresa o prefeito e os secretários terem nos recebido porque isso não estavam dialogando com a classe. E se comprometeram em atender 90% das nossas reivindicações”.
Entre as pautas mais importantes, três estão atreladas ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal: o reajuste salarial de 17,49%, referente à correção inflacionária; o cumprimento imediato do Estatuto Social; e a reformulação do Decreto 8.870/2015, que revoga o impedimento de pagamento de gratificações aos servidores. “O prefeito se prontificou a respeitar nossa data-base deste ano, que vai até dia 1º de maio por causa das eleições municipais, e disse que até o final de abril haverá os reajustes necessários e a regulamentação do estatuto e do decreto”, acrescenta.
Para as demais reivindicações da pauta geral (apenas uma não será cumprida) o sindicato fará em 10 dias um estudo de impacto financeiro ou ainda será definido em assembleia. A atualização da tabela salarial de acordo com o novo salário mínimo nacional (R$ 880,00), mas ainda será analisada.
Já o benefício do Cartão Alimentação ainda será decidida na próxima assembleia, que será em 3 de maio. Os servidores escolherão entre receber um reajuste de 25% no valor do benefício (de R$ 100 para R$ 125) ou não receber o aumento no cartão e sim no teto salarial (e estendendo benefício para mais 470 servidores). O retorno dos servidores ao trabalho a partir da próxima semana, segundo o presidente do sindicato, não significa que estes ficarão de braços cruzados.
– Acredito que o governo ficou mais pressionado por causa da greve e das manifestações, isso prova que sindicato e servidor unidos. Com isso, tivemos um grande avanço nas negociações com o governo. Agora, os servidores retornarão ao trabalho e passarão a mobilizar outros colegas para que possamos atingir o maior número de pessoas aderindo ao movimento em nosso próximo encontro no CCRR – completa.
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