Prisões de assalto a joalheria continuam causando polêmica

ney paulo2O caminhoneiro Ney Paulo da Silva Martins (foto), de 27 anos, foi preso na tarde do dia 8 suspeito de ter participado do assalto a uma joalheria do shopping Pátio Mix. No dia 16 de janeiro, quatro homens entraram na loja, renderam os funcionários e fugiram em um Peugeot preto. No entanto, a mãe de Ney Martins, a cozinheira Valdileia da Silva, afirma que no dia do assalto o filho estava na porta de sua casa, no bairro Cabral, em Resende, lavando o caminhão em que iria trabalhar mais tarde.

— Meu filho trabalhava para uma terceirizada de uma montadora de automóveis, mas o sonho dele era dirigir e lá também ele ganhava menos. Aí ele saiu e entrou para ser caminhoneiro e está lá há dez meses. No dia do assalto ele estava na porta de casa, de manhã, lavando o caminhão. Todo mundo que estava na rua viu, tem testemunha. Meu filho nunca foi preso. Criei meus filhos sozinha, eu e Deus, mas soube criar – afirmou a cozinheira.

Ela afirma que no dia da prisão teve a casa revirada por um oficial de Justiça, que havia ido ao local procurar por Ney Martins, e que em um primeiro momento ele afirmou que o caminhoneiro era apontado como testemunha de um estupro de vulnerável.

— Eu cuido dos meus netos e fui trabalhar. Então pedi que meu filho levasse a menina dele para a creche. Ele estava com os filhos na casa dele, no mesmo bairro, e de lá ia trabalhar. O oficial de Justiça foi na minha casa, revirou a casa toda, quando cheguei estava tudo revirado, mas não levaram nada. Aí meu menino mais velho me ligou dizendo que o oficial tinha ido lá e falado que meu filho era acusado de ter testemunhado um estupro em 2010. Como ele não tinha testemunhado nada, nem nunca tinha ido à Polícia, nem dado nome em nada, foi com o irmão na delegacia – relatou Valdileia da Silva.

Fotos: Renan Ferreira e Arquivo de Família

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