Família de servidor que morreu na 89ª DP chega em Resende

robertoA família do fiscal de tributos da Secretaria Municipal de Fazenda de Resende, Roberto Souto, de 64 anos, chegou a Resende na manhã deste sábado, dia 20, para fazer o reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML) de Resende. Segundo o delegado titular da 89ª DP, Marcelo Nunes, Souto se matou dentro da carceragem da delegacia de Resende, no início da noite desta sexta-feira, dia 19. Ele havia sido preso algumas horas antes  devido à Lei Maria da Penha e um amigo chegou a se oferecer para pagar a fiança dele, mas antes disso o servidor público já estava morto.

Na manhã deste sábado, o filho de Roberto Souto, uma irmã, o cunhado e a ex-mulher foram ao IML fazer o reconhecimento do corpo. Segundo amigos que estavam no local, a atual esposa chegou a ir ao local, mas discutiu com os outros familiares e acabou indo embora.

O delegado relatou que ele já estava proibido de se aproximar da esposa devido a uma medida protetiva, mas a agrediu novamente. Por isso, o juiz emitiu um mandado de busca e apreensão na casa de Roberto e após serem encontradas arma e munição  ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. Foi determinada uma fiança e um amigo se comprometeu a pagá-la.

Nunes disse ainda que o servidor, no entanto, se negou a deixar a delegacia com o amigo e exigia que a mulher fosse buscá-lo. Como ele estava muito alterado, os policiais civis o deixaram de cueca, para que ele não tentasse se matar com uma calça. Ao ficar sozinho na carceragem, ele teria subido em uma grade, enfiou a mão por entre as barras, puxando um fio e se enforcou.

Na entrevista do delegado, ainda disse que: quando policiais chegaram para ver como ele estava e perceberam o que havia acontecido, tentaram tirar o fio, mas o homem já estava morto. Bombeiros fizeram a remoção do corpo para o Instituto Médico Legal (IML) de Resende.

Para um colega, o suicídio de Souto não era esperado: “Ele não tinha perfil de uma pessoa que se mataria. Muito nervoso, todo machão, mas se matar? Muito estranho”, comentou o colega que pediu para não ser identificado.

O filho do servidor, Fábio Souto, afirmou que a família também tem dúvidas sobre a hipótese de suicídio e que vai exigir uma investigação mais cuidadosa do episódio. Ele acrescentou que a mulher que chegou ao IML na manhã do dia 20 não estava mais se relacionando com Roberto Souto e que a família nunca soube de medidas protetivas impedindo-o de se aproximar dela.

Foto interna: Reprodução Redes Sociais

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