Acredite se Quiser

– O secretário municipal de Educação de Resende, Mário Rodrigues, fez uma reunião em sua secretaria para falar sobre o escândalo de fraudes em licitações envolvendo vereadores e servidores. Ele chorou dizendo que não sabia do envolvimento do filho, Leandro Macedo Rodrigues, um dos servidores afastados, e que está chocado com isso.

– Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a deputada estadual Ana Paula Rechuan (PMDB) leu uma nota defendendo a cidade e dizendo que a operação não pode “generalizar a classe política de uma cidade marcada pelo desenvolvimento”. Ela só esqueceu de dizer que o marido dela, o prefeito José Rechuan Junior (PP), também tem contrato com uma das empresas envolvidas no esquema.

– O vereador Gláucio Julianelli (Rede) também enviou uma nota falando sobre a importância dos órgãos fiscalizadores das contas públicas e lembrando que quando era vereador pediu esclarecimentos sobre a empresa responsável pela obra da Câmara. Vale lembrar que a ação popular que questiona a compra de móveis e equipamentos para a Câmara, que vem sendo acompanhada pelo BEIRA-RIO e que levanta suspeitas de superfaturamento nas negociações inclusive da obra foi anexada no processo.

– Na edição 823, de setembro de 2013, o BEIRA-RIO chamou a atenção para um dos contratos da Fox Gestão Empresarial quando o então presidente Bira Ritton autorizou a contratação. Dizia a nota: Câmara de Resende contrata empresa para fazer “varredura eletrônica e escuta telefônica nos ambientes internos da Câmara”. Tem gente até agora tentando entender o que é isso. Fato é que o contrato é de R$ 32 mil. Na especulação, das duas uma: ou é  para saber se estão sendo monitorados pela Justiça (que é a única que pode autorizar escuta) ou querem grampear os telefones dos vereadores e servidores. Como essa segunda opção é ilegal, restou a primeira. O segundo fato é: o caso foi denunciado para o Ministério Público, porque esquisito é.

– Com todo esse escândalo envolvendo a cidade, a reunião para avaliar um novo valor de passagem marcada para o dia 29, no Conselho Municipal de Trânsito (Comutran), acabou dando em nada. O conselheiro Thirso Naval Colvero, que é responsável por analisar as tabelas enviadas pela São Miguel falou que o presidente do Conselho, Marcial Correa, marcaria uma nova reunião para discutir a tarifa, mas que ele ainda não sabia quando seria. Pode isso?

– Outro assunto que acabou ficando por baixo do pano foi a sanção do novo Estatuto dos Servidores Públicos, aprovado em segunda votação no dia 22 de outubro. A prefeitura não divulgou quando o documento seria sancionado e ele ainda não aparece nos boletins oficiais já divulgados até o fechamento desta edição. Segundo a Câmara, o prefeito tem 15 dias úteis para sancionar o projeto, mas a contagem começa no dia 27 de outubro, que é quando ele foi de fato recebido pelo Executivo.

– Mas engana-se quem pensa que a história acabou. Isso porque, em entrevista, ao se referir aos valores do prejuízo, o promotor do MPE responsável pela investigação da Câmara, Fabiano de Oliveira, acabou dizendo “isso sem se falar em outras frentes que estão sendo investigadas e não são objeto dessa ação deflagrada nessa oportunidade”. Ou seja, vem mais escândalo por aí.

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