Acredite se Quiser

– Não se sabe se por economia, orientação do Ministério Público ou se já por conta das eleições de 2016, mas começou a temporada de exonerações na região das Agulhas Negras. Em Itatiaia, o prefeito Luis Carlos Ypê (PP) vai exonerar todos os 26 membros do comando da guarda municipal. O motivo é o não cumprimento da determinação dele de fiscalizar o balneário Conora, no município. Só que o local é uma área federal, sob responsabilidade da Policia Rodoviária Federal (PRF).

– Em Resende, foram exonerados o ex-vereador Carlos Santa Rita e o ex-prefeito Eduardo Meohas. O primeiro era consultor especial da Secretaria Municipal de Governo, mas seus colegas não sabem dizer ao certo que ele realmente fazia. Os boatos do gabinete são que o prefeito José Rechuan Junior (PP) exigiu que ele deixasse o PSDB e o ex-vereador não aceitou. Já Meohas, recebia há anos sem trabalhar e foi condenado por improbidade administrativa, o que o impedia de exercer funções públicas. Ainda assim, só foi exonerado após pressão do jornal BEIRA-RIO e das redes sociais.

– Enquanto isso, alguns vereadores de Resende devem estar achando que o dinheiro está sobrando, seja por gastar demais ou não pedir devolução do que têm direito. Na sessão do dia 15, o vereador Valdir Macarrão (PDT) solicitou (e teve a aprovação dos colegas) a instalação de um elevador na Ponte Nilo Peçanha, de cerca de R$ 100 mil, para ajudar na acessibilidade de deficientes. Na discussão, os vereadores falaram sobre a ponte e a passarela anexa a ela. O mais grave foi que Macarrão assumiu que a inclinação da rampa da passarela é de 13% e deveria ser de 8%, pois falou ponte, mas mencionou a obra recente. Isso comprova o que o BEIRA-RIO já havia noticiado desde o ano passado e que os deficientes já sabem desde a inauguração da passarela. O pior foi que, enquanto os vereadores criticavam a construção, que custou R$ 700 mil só em sua primeira fase, nenhum deles lembrou de pedir o ressarcimento do dinheiro à empresa responsável pela obra, já que eles mesmos assumiram que ela não atende aos padrões exigidos por lei.

– A Man Latin America está negociando com o sindicato quanto aos reajustes para o ano que vem. A primeira proposta feita pela empresa foi a concessão de férias coletivas aos empregados que voltam da suspensão de trabalho em novembro; redução de 20% da jornada com complementação de 10% pelo governo e 10% pela empresa (o valor será pago na PLR); PLR de R$ 5 mil em 2016; e carga extra no cartão alimentação por um ano. A proposta foi votada no dia 21 e reprovada pelos empregados. No dia 22 foi feita uma nova proposta. Os 10% pagos pela empresa seriam dados em quatro parcelas e não na PLR; a PLR passaria para 1,2 salários, sendo o valor mínimo de R$ 6 mil caso o empregado atingisse o máximo de 5% de faltas; reajuste de R$ 10 no cartão alimentação e mais uma carta extra fazendo com que ele fique em R$ 350 por um ano e mais um reajuste com base no INPC referente a maio de 2015 e abril de 2016, período em que os funcionários não tiveram aumento, que seria pago a partir de janeiro de 2017. A nova proposta estava prevista para ser votada no dia 22 mesmo, à tarde, mas a votação não havia começado até o fechamento desta edição.

– Na edição passada, o jornal BEIRA-RIO publicou uma matéria sobre a derrubada do veto ao projeto de lei que cria o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e o Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de Barra Mansa, de autoria do vereador Marcelo Borges (PT). Uma semana após a publicação da matéria, a Prefeitura de Barra Mansa enviou apenas o ofício do veto reafirmando que o fez por vício de iniciativa e ofensa ao Princípio da Separação de Poderes, o que seria inconstitucional, porém não deu qualquer esclarecimento sobre a sanção de outra lei semelhante, referente a criação do Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (e o fundo),em abril deste ano. Vai entender…

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