Uma briga entre dois vizinhos que moravam no bairro Vicentina, em Resende, terminou em morte no final da tarde do dia 6. O vigia José Valerio Neto, de 36 anos, foi morto com dois tiros pelo pedreiro Luis Antônio da Silva Correa, de 45 anos, após fechá-lo no trânsito. Os dois vinham se desentendendo há meses após uma briga motivada por um iô-iô.
O crime aconteceu após Corrêa sair do trabalho, a caminho de sua casa, quando estava no bairro Lavapés. Ele afirma que estava em seu carro, um GM Agile vermelho, de placa KXR 6153, quando foi fechado pelo Ford Escort cinza de placa LSV 2834 dirigido por Valerio Neto. Segundo o depoimento do pedreiro, o vizinho saiu do carro em sua direção, levando a mão às costas como se fosse pegar alguma coisa. O pedreiro então se abaixou, pegou a arma que estava embaixo do banco de seu carro, deu dois tiros e fugiu em seguida, cortando em direção ao distrito de Bulhões. O vigia morreu na hora e populares que estavam no local acionaram os policiais militares.
Para Maria Elena de Almeida Rabelo, coordenadora do Projeto Viva Paz, as pessoas estão suscetíveis a explosões como a de Luis Antônio Corrêa por viverem sempre com pressa, pensando em suas dívidas, seus trabalhos e responsabilidades e se lembrando pouco dos valores e da família.
— Todas as pessoas são ávidas por paz, mas às vezes a gente age somente com o momento, deixa nossos valores em prol daquela situação só na hora, não pensa no depois. As pessoas estão sempre com pressa, preocupadas com dinheiro, trabalho e acaba deixando o consciente agir sozinho, mas depois se arrepende. A pessoa que matou está com certeza arrependida – avaliou.
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