Um pessoa é presa em Resende na Operação Porto Vitória

Uma pessoa cujo nome não foi divulgado foi presa em Resende, na manhã desta quinta-feira, dia 11, na Operação Porto Vitória, deflagrada pela Polícia Federal. Ela é acusada de fazer parte de uma quadrilha que cometia crime contra o sistema financeiro, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Segundo o delegado da polícia Federal responsável por crimes financeiros e desvio de recursos públicos Alberto Ferreira Neto,  que é o responsável pelas investigações, a operação vai prosseguir e o próximo passo é tentar descobrir os clientes do esquema. Além de Resende, foram cumpridos mandados em São Paulo (SP), Araras (SP), Indaiatuba (SP), Santa Bárbara do Oeste (SP) e Curitiba (PR).

Segundo a Polícia Federal, a estimativa é que em três anos de atuação a quadrilha tenha lavado R$ 3 bilhões. O caso começou a ser investigado em 2014, a pedido da Agência Norte Americana de Imigração e Alfândega (ICE), devido à suspeita de que um brasileiro estaria agindo junto a organizações criminosas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que atuam em países como Reino Unido, Venezuela, Estados Unidos, Brasil e Japão.

Durante as investigações, que duraram nove meses, a PF descobriu que o grupo atuava em diversas frentes, como importações fictícias de empresas brasileiras usadas para retirar dinheiro da Venezuela. Nestes casos, os produtos ainda eram superfaturados em 5 mil% para justificar os altos valores das remessas. Ainda de acordo com a Polícia Federal, 130 policiais federais estão cumprindo 11 mandados de prisão, 2 mandados de condução coercitiva e 30 mandados de busca e apreensão.

As maioria das exportações não aconteciam, mas em alguns casos em exportadas máquinas industriais de moer carne superfaturadas. Já as importações não saíram do papel em nenhum momento detectado pela investigação, que vai continuar.

– Passamos por nove meses de investigação, coleta de algumas provas, mais sigilosa, mas hoje deflagramos a operação. Passamos para uma fase mais ostensiva iniciada agora em que prendemos pessoas, coletamos provas, computadores, HDs, além do depoimento de alguns suspeitos. Nosso objetivo é descobrir quem eram os clientes dessa organização, quem tinha interesse em enviar o dinheiro para a Venezuela – explicou o delegado Alberto Ferreira Neto, acrescentando que o nome “Porto Vitória” refere-se a um porto de Hong Kong.

Você pode gostar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O limite de tempo está esgotado. Recarregue CAPTCHA.