Acredite se Quiser

– E deu a louca no governo municipal de Resende. A reunião de secretário que acontece toda segunda-feira, agora, não discute mais as necessidade da cidade, mas estratégias de perpetuação no poder. Na última reunião, a preocupação e esforços estavam voltados para uma possibilidade de prorrogação do mandato de prefeitos por conta da reforma política. Tem gente viajando na maionese, tem gente viajando à Brasília para verificar as possibilidades até de eleição de “prefeito provisório”.

– Sobre o tal “prefeito-provisório” são os vereadores os maiores interessados no assunto. Há até uma teoria com indicação de nome. Adivinha o nome mais cotado? Na verdade, é o nome que mais se oferece e que parece ser seu sonho dourado. Quem citou o vereador Kiko Besouchet acertou. Mas o vereador que sonha ser prefeito precisa primeiro romper a rejeição que tem na cidade, “principalmente entre aqueles que mais o conhecem” – comentou um próximo do vereador – e se é assim, quem arriscará?

– Por falar em prefeitos, há quem garanta que a bola da vez no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), depois da cassação do prefeito de Volta Redonda, Francisco Neto (PMDB), será mesmo do prefeito de Resende, José Rechuan (PP). Parece que o prazo de segura-processo do ministro Gilmar Mendes está chegando ao fim. A questão é que se for cassado ou não, o tempo de desligamento do governo será praticamente o mesmo. Vide Volta Redonda que, até hoje, Neto ainda responde pela Administração Pública. São os tais “embargos de declaração”.

– Em Resende, apesar da crise, a inventividade dos internautas não tem limite. Um página intitulada “Resende da Zueira” tem arrancado muitas risadas e muitas rugas também. Com um humor ácido e sempre voltado às questões políticas e públicas, a página que ainda tem menos de mil curtidas, dá o tom da crítica ao governo municipal que já não consegue emplacar suas campanhas de marketing. Aliás, as redes sociais têm contribuído não apenas para duvidar do que o governo apresenta, mas para contrapor aquilo que o prefeito cassado Rechuan não consegue perceber como prioridade para a população. Ultimamente, nem a primeira-dama-deputada – ou seria deputada-primeira-dama? – escapa da “zueira”. Na última postagem referente à deputada suplente, ela ficou banguela. Mais detalhes, só visitando a página no Facebook.

– Mas apesar da brincadeira, o assunto anda muito sério. A Pestalozzi amarga com a falta de recursos do estado. Estado sob a batuta do amigo-governador do prefeito Rechuan e da deputada-primeira-dama – ou seria primeira-da-deputada? – Ana Paula Rechuan (PMDB).

– Em nota, a assessoria de imprensa do deputado Gláucio Julianelli (Psol) informou que “está acompanhando a questão do atraso de repasse de verbas do Estado do RJ à Pestalozzi em Resende, tanto é que já denunciou e cobrou uma solução no Plenário da Alerj. Como há uma promessa das autoridades responsáveis que irão solucionar o problema na próxima semana, o deputado aguardará o desfecho da situação. Julianelli reafirma que utilizará de todos os meios disponíveis através de seu mandato, inclusive através de ofício para a F IA (Fundação para a Infância e Adolescencia) imediatamente para que tal pendência seja regularizada, de modo que não haja interrupção no atendimento aos alunos, pois não adianta apenas a manutenção dos professores e o atraso dos profissionais multifuncionais (fisioterapeutas, psicólogos)”.

– Já a assessoria de imprensa da deputada Ana Paula Rechuan, que é membro efetiva da Comissão de Pessoa com Deficiência da Alerj, informou que ela “solicitou em março uma audiência pública com a presidente da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), Ângela Macedo, e com a Secretária Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Cosentino, para justificarem o atraso nos repasses financeiros às Associações Pestalozzi e Apae. Ela requereu a indicação 891/2015 para fixar uma data limite aos repasses atrasados”.

– Na sessão do dia 5, por nove votos a cinco o projeto que previa a redução de 10% dos salários dos cargos comissionados do governo de Resende foi rejeitado. Votaram a favor da redução, os vereadores Kiko Besouchet, Tisga, Tivo, Caloca e Romério. Votaram contra, os vereadores Pedra, Valdir Macarrão, Davi, Pedro Paulo, Barra Mansa, Roque, Olímpio, Soraia Balieiro e Tiago Forastieri. Há quem garanta que isso tudo não passa de um jogo de cena entre Legislativo e Executivo.

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