– O prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto (PMDB), e seu vice, Carlos Roberto Paiva (PT), foram cassados por abuso de poder político e econômico na propaganda eleitoral de 2012. Eles tiveram um recurso negado por quatro votos a três no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no dia 7. O outro candidato, Jorge de Oliveira, o Zoinho (PR), assumirá a prefeitura porque, segundo o TSE, a disputa aconteceu em dois turnos. Nesse caso, não cabe nova eleição. A decisão preocupa principalmente os prefeitos das Agulhas Negras, Luis Carlos Bastos, o Ypê (PP), de Itatiaia, e José Rechuan Junior (PP), de Resende, ambos cassados. Caso eles sejam cassados, como não houve segundo turno nas duas cidades, assumem os presidentes das Câmaras Municipais até a realização de novas eleições.
– Enquanto isso, quem comemora a possibilidade de novas eleições em Resende é o ex-prefeito Silvio de Carvalho. É que ele foi inocentado da acusação de improbidade administrativa em um processo que corria contra ele desde 2011. Na época, ele foi acusado de usar verbas do Fumcam (Fundo Municipal do Meio Ambiente) para outros fins, mas o Tribunal de Justiça considerou que não é possível comprovar se o dinheiro foi usado para fins particulares ou que tenha causado dano ao Erário Público. Agora que foi inocentado, pode concorrer.
– Em Piraí, quem passou por um constrangimento essa semana foi o deputado estadual Gláucio Julianelli (Psol). Ele havia saído de Resende para trabalhar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) no dia 6 e foi parado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Serra das Araras por estar com um carro roubado. O carro pertence à Alerj e no mandato passado, quando era utilizado pela então deputada Claise Maria, foi roubado e recuperado. No entanto, a Alerj esqueceu de dar baixa na documentação esclarecendo que o veículo havia sido recuperado, causando o constrangimento. No dia 8, o presidente da Alerj, deputado estadual Jorge Picciani (PMDB), pediu desculpas publicamente ao colega do Psol pelo episódio.
– E na Câmara Municipal de Resende, o vereador Roque Cerqueira (PDT) tem levado a sério sua tarefa de se declarar oposição do prefeito Rechuan. Desta vez ele entrou com um requerimento questionando os pontos de ônibus implantados pela prefeitura de Resende pela cidade, no valor de quase R$ 9 mil cada um (e são quase 400 pontos de ônibus). Vale lembrar que o dinheiro para isto veio de um empréstimo feito pelo Governo do Estado, como o BEIRA-RIO já havia noticiado.
– Na sessão do dia 7, aliás, falando no vereador, ele protagonizou mais alguns momentos polêmicos, ao discutir com o vereador Francisco Stênio (Solidariedade), que afirmou que o colega havia sido cassado. Stênio disse que não tinha cargos importantes na prefeitura como o da mulher de Cerqueira, que é presidente da Apmir (Associação de Proteção à Infância e Maternidade). Já o representante do PDT falou que também não tinha mais cargos, porque Stênio pegou todos. Mesmo mudando completamente de assunto, a discussão havia começado por conta de outro barraco: Irâni Ângelo (Pros) acusando Carlos Augusto de Lima, o Barra Mansa (Solidariedade), de distribuir um jornalzinho assumindo a autoria de indicações que o colega do Pros havia feito. Afinal, é Casa do Povo ou Ringue do Povo?
– Uma leitora relatou ao jornal BEIRA-RIO que esteve no último dia 4 passeando no shopping localizado na entrada de Resende quando avistou alguns seguranças do local barrando a entrada de um cidadão. O motivo: o homem foi pagar uma conta no carnê em uma das lojas, mas não teve tempo de se trocar e estava com a roupa toda suja de tinta e um dos pés inchados após acidente com uma lata de tinta. Ainda que insistisse em se defender e destacar a falta de tempo para trocar a roupa e explicar porque estava descalço, foi impedido de entrar. Uma prova de que o preconceito ainda existe.